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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Turismo participa de mobilização nacional contra o Aedes aegypti

General Dantas mostrou a Henrique Eduardo Alves e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o plano de ação do combate ao Aedes. Foto: Paulino Menezes/Ascom/MTur

 Ação do Governo Federal mobilizou 220 mil homens do exército em mais de 350 municípios de todo o Brasil

Por Mariana Oliveira

General Dantas mostrou a Henrique Eduardo Alves e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o plano de ação do combate ao Aedes. Foto: Paulino Menezes/Ascom/MTur

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e o secretário executivo do órgão, Alberto Alves, participaram neste sábado (13) do Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, em João Pessoa (PB) e Foz do Iguaçu (PR). A ação é uma iniciativa do governo federal, em parceria com estados e municípios de todo o país. A mobilização, que contou com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff, e de todos os ministros e autoridades dos governos federal, estaduais e municipais, está sendo realizada em mais de 350 cidades de todo o país.

A programação na capital paraibana contou com a entrega de panfletos informativos com orientações de formas de combate ao mosquito, além da visita a algumas residências. O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, participou da ação junto ao governador Ricardo Coutinho e ao prefeito Luciano Cartaxo.


“O governo federal está fazendo a sua parte nas ruas, mas precisamos que cada brasileiro se mobilize e faça sua parte dentro de casa. Um mosquito não pode ser maior que um país inteiro", alertou Henrique Alves. O ministro ressaltou que, enquanto não houver uma vacina para o vírus Zika, a destruição dos criadouros é a única forma de prevenção da doença.

Durante a ação, o ministro do Turismo visitou a casa de "Zezinho", um morador conhecido no bairro pelo excesso de cuidados contra o mosquito. "Sabemos que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa ou no ambiente de trabalho das pessoas. Lá no Ministério do Turismo temos feito faxinas diárias, verificando todos os ambientes e eliminando os recipientes que podem acumular água. Estamos fazendo nosso dever de casa e gostei de ver que seu Zezinho também está nessa luta”, disse Alves. Após a ação em Mangabeiras, a comitiva seguiu para a Sala de Situação da Secretaria Estadual de Saúde.
Henrique Alves com o governador na Sala de Situação, na Secretaria de Saúde da Paraíba.
Foto: Paulino Menezes/Ascom/MTur


MOBILIZAÇÃO NA PARAÍBA - Para o Estado da Paraíba foram enviados cerca de 1,5 mil militares, distribuídos nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cajazeiras, Campinha Grande, Guarabira, Patos, Pombal, Rio Tinto e Serra Branca.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 54 municípios do estado estão em situação de risco para surto de dengue, vírus Zika e chikungunya. A Paraíba é o segundo estado com maior número de casos registrados de microcefalia, com 756 notificações.

Para combater o mosquito, o Governo do Estado, em parceria com o Exército Brasileiro e as prefeituras, está realizando visitas para eliminar possíveis criadouros e focos do inseto. Até o momento, 79,11% do total de domicílios já foram visitados, o estado tem o maior percentual de imóveis visitados.

Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, haverá uma nova ação com a participação de 50 mil militares que estão sendo treinados para atuação nas regiões indicadas pelas prefeituras e pelo Ministério da Saúde. A iniciativa será de combate ao mosquito, e não apenas de orientação, e deverá incluir a aplicação de larvicidas e inseticidas.

O Ministério do Turismo também tem feito um trabalho de mobilização junto ao setor. Estão sendo enviadas informações para mais de 56 mil hotéis, bares e restaurantes, agências de viagens, transportadores turísticos de todo o Brasil com dicas sobre o cuidado para evitar a proliferação do 3,6 mil estabelecimentos e associações.

MOBILIZAÇÃO NO PARANÁ – A mobilização em Foz do Iguaçú teve início às 8h da Praça da Bíblia e contou com a presença do prefeito da cidade, Reni Pereira, e secretário de saúde do município, Gilbert Ribeiro. O estado recebeu o reforço de 3,7 mil homens das Forças Armadas que irão realizar mutirões em 19 cidades: Apucarana, Cambé, Cascavel, Castro, Catanduvas, Curitiba, Ibiporã, Francisco Beltrão, Guaíra, Guarapuava, Foz do Iguaçú, Lapa, Londrina, Palmas, Palmeira, Paranaguá, Ponta Grossa, Rio Negro e São José dos Pinhais.

Após a abertura oficial do dia de mobilização, os participantes partiram em direção aos nove pontos de distribuição de materiais informativos para a população. O dia dedicado ao combate do Aedes aegypti foi encerrado com a realização de visitas domiciliares para orientação sobre formas de combate ao mosquito.

“Esta ação de orientação foi muito importante para alertar a população de que o combate ao mosquito não é uma ação de apenas um dia mas deve ser feita constantemente para que preservemos a saúde das crianças, gestantes e de todo a população. A mobilização nacional de hoje mostra que estamos no caminho certo para vencer esta batalha”, assegurou o secretário-executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 10 municípios do estado estão em situação de risco para surto de dengue, vírus Zika e chikungunya. Em 2015, o estado registrou 49.729 casos de dengue. Até 30 de janeiro, o estado possui um caso de microcefalia em investigação.

A enfermeira Magda Souza Alves recebeu a visita de oficiais da Marinha em sua casa e avaliou positivamente a ação. “Achei muito importante esse trabalho de vistoria nas casas porque esse mosquito pode prejudicar muito a saude de todos e a população tem que ficar mais consciente”, avaliou.

PLANO NACIONAL
– O dia nacional de mobilização faz parte dos esforços do Governo Federal previstos no Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, lançado pela presidente Dilma Rousseff em dezembro do ano passado. Ao todo, 19 ministérios e outros órgãos federais estão mobilizados para atuar conjuntamente neste enfrentamento, que contará também com a participação dos governos estaduais e municipais.

As visitas de rotina às residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças Armadas, com mais de 2.400 militares capacitados até o momento, e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos 46,5 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao mosquito em suas regiões.

Somam-se a esse esforço a mobilização voltada aos servidores públicos no dia 29 de janeiro, no chamado “Dia da Faxina”, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios dos órgãos federais. A ação aconteceu em ministérios, autarquias, agências e demais órgãos vinculados, envolvendo cerca de 1,6 milhão de trabalhadores.

Sob a coordenação do Ministério da Defesa, as Forças Armadas fizeram um mutirão, entre os dias 29 de janeiro e 4 de fevereiro, para realizar a limpeza nas cerca de 1.200 unidades militares existentes no país.

Para reforçar as ações de mobilização dos servidores federais, foi publicado no Diário Oficial da União, no dia 2 de fevereiro, um decreto que determina adoção de medidas rotineiras de prevenção e combate ao vetor em todos os prédios públicos. Entre as medidas estão a realização de campanhas educativas, vistoria e retirada de criadouros do mosquito, além da limpeza das áreas internas e externas e o entorno das instalações públicas.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Brasil oferece aos países do Mercosul treinamento para teste de Zika
























Ministro da Saúde apresentou a experiência nacional no controle e prevenção do mosquito, além das ações relacionadas às infeções causadas pelo vírus Zika


O ministro da Saúde, Marcelo Castro, ofereceu aos países do Mercosul e associados treinamento para a realização laboratorial de testes para detecção do vírus Zika. A capacitação será feita pelos institutos nacionais do Brasil por meio do exame PCR (Polymerase Chain Reaction). O objetivo é reforçar a capacidade de vigilância epidemiológica da região, acompanhando o comportamento do vírus e propondo ações necessárias para a proteção da população. No mês de janeiro, técnicos do Paraguai, Peru, Uruguai e Equador receberam treinamento do Instituto Evandro Chagas (IEC).

"Temos o desafio de reforçar o sistema de vigilância na região. Para isso, o Brasil quer compartilhar a sua experiência e receber equipes interessadas neste conhecimento. Estamos construindo uma resposta integrada da região contra o vírus Zika", afirmou Castro. O treinamento será feito em grupos de técnicos da região, que também devem trocar experiências locais. No Brasil, os testes estão sendo distribuídos nesta semana para os 24 laboratórios estaduais treinados para a realização dos exames. Assim, em todas as regiões do país será possível realizar a testagem.

Durante sua apresentação, Castro reforçou a necessidade da coordenação de esforços para avançar sobre os desafios do combate ao mosquito Aedes aegypti e do vírus Zika. O governo brasileiro, por exemplo, receberá, no próximo dia 11, representantes do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), que acompanharão a criação de protocolos para a identificação do vírus Zika e dos casos de microcefalia. Já no dia 20, serão reunidos especialistas brasileiros e americanos para discutir a pesquisa de uma vacina.

"O combate ao Aedes aegypti, ao vírus Zika e às demais doenças transmitidas pelo mosquito, deve contar com a união de esforços. Nossa busca é por uma vacina e novas tecnologias. No entanto, a resposta imediata deve ser a eliminação dos locais onde o mosquito pode se reproduzir", reforçou o ministro brasileiro. Castro lembrou o empenho de mais de 300 mil agentes de combates às endemias e agentes comunitários de saúde em território brasileiro nesse esforço. No dia 13, essa mobilização será reforçada por 220 mil militares. No dia 15, ainda, 50 mil militares acompanharão as visitas as residências em todo o país.

O ministro também destacou a importância da disseminação dos conhecimentos adquiridos. O Ministério da Saúde do Brasil colocou à disposição dos países membros e associados ao bloco os protocolos de vigilância epidemiológica, o de atendimento às gestantes e bebês com microcefalia e o de estimulação precoce, lançados desde o início da decretação de emergência em saúde pública no país.