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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Comitê Escondido apresenta peça Um Memorial para Antígona, que relaciona tragédia grega à Lei da Anistia


Além da obra de Sófocles, o grupo investigou documentos das sessões do Congresso Nacional que debateram a criação da lei. Espetáculo estreia dia 20 de abril no TUSP



Olhar para a lei que inocentou os torturadores da ditadura civil-militar brasileira pelas lentes da tragédia “Antígona”, de Sófocles, é a proposta de Um Memorial para Antígona, do comitê escondido, que estreia no dia 20 de abril, no TUSP – Teatro da USP, onde segue em cartaz até 14 de maio.

O espetáculo tem direção de Vicente Antunes Ramos, que também assina a dramaturgia ao lado de Miguel Antunes Ramos. E o elenco conta com a participação de Danilo Arrabal, Giovanna Monteiro, Julia Pedreira, Joy Catharina, Rafael Sousa Silva, Sheila Almeida e Victor Rosa.

O mito descrito por Sófocles principia com o encontro entre as irmãs Antígona e Ismene na escuridão da noite. Houve uma guerra em Tebas, e Creonte, o governante da cidade, ordenou que o corpo de Polinices – irmão das duas, que marchou contra o governo – não seja sepultado. “Que sua carne seja levada pelas feras e pelos urubus”, ordena o déspota. Quando as irmãs se encontram, já sabem da proibição de enterrar Polinices. Antígona quer desobedecer às ordens e diz que é seu direito. Já Ismene é contrária e responde que a desobediência não vai adiantar.

Esquecer ou enterrar? É a partir dessa oposição entre as irmãs que o espetáculo Um Memorial para Antígona propõe uma reflexão sobre a criação da Lei da Anistia, de 1979. Ao mesmo tempo que perdoa crimes cometidos na luta pela democracia, reintegrando ao jogo político figuras que estavam exiladas e apartadas das discussões da época, o projeto de lei impede – até hoje – a criminalização dos agentes do Estado que praticaram crimes de tortura, sequestro, assassinato e ocultamento de cadáveres na época.

Para criar essa discussão, além da tragédia, o grupo parte de documentos históricos sobre a votação no Congresso Nacional, do voto dos senadores e deputados, dos depoimentos de antigos presos políticos e testemunhos de familiares de militantes mortos e desaparecidos no período. E o trabalho propõe ao público uma reflexão sobre os horrores da ditadura: devemos esquecer e seguir em diante, ou lembrar e enterrar os corpos desaparecidos?

“A peça é sobre memória. Parte da situação ficcional da criação de uma estátua para Antígona, um evento importante, no qual toda a cidade se reúne para rememorar essa personagem, essa história. A questão da construção de memoriais também é central na história do Brasil, na forma como lidamos com os traumas da ditadura militar. Existem pouquíssimos centros de memória no país, ainda mais se compararmos com a Argentina ou o Chile, que tiveram ditaduras próximas a nossa. Isso evidencia uma escolha: a de esquecer para seguir em diante”, reflete o autor Miguel Antunes Ramos.

Com este trabalho, o comitê escondido dá prosseguimento a sua pesquisa cênica em teatro documentário, iniciada em Terra Tu Pátria (2018). Mas aqui todos os documentos que serviram para compor a dramaturgia recebem um tratamento sonoro diferente.

A peça, para o ator Rafael Sousa e Silva, é uma espécie de cantata. “Através do som, buscamos evidenciar outros sentidos, que estão ali, mas que não notamos quando lemos essas palavras. É como se, através do som, a gente pudesse criar fissuras, buracos, e o espectador tem que preencher o que vê e ouve. Trazemos essas palavras à tona, mais uma vez, e essas palavras não são o que esperávamos que fossem, mas aquilo que elas mesmas sabem ser. O som é o modo de ativá-las em cena”, afirma.

Sobre o processo

O processo de criação de Um Memorial para Antígona começou em 2019, e a peça estava programada para ganhar os palcos em março de 2020, mas, por conta da pandemia de Covid-19, a estreia foi postergada. Durante esse tempo, o comitê escondido deu continuidade à pesquisa e criou, em isolamento social, a áudio-peça Antígona Sonora (2021).

“Foi muito duro pra gente ter que parar um processo tão perto da estreia. Ao mesmo tempo, isso permitiu que o projeto amadurecesse. Ainda que distantes, encontramos formas de manter a pesquisa viva. E acho que a peça que vamos estrear agora é muito melhor do que aquela que faríamos em 2020”, comenta o diretor e coautor Vicente Antunes Ramos.

“Acho que o maior mérito do projeto é ter conseguido manter tanta gente junta, por tanto tempo, atravessando esse momento difícil, que foi a pandemia, sem muita perspectiva de futuro. Estrear agora é também um reconhecimento disso. E é totalmente diferente... iniciamos o projeto pensando numa transição política como um ato no futuro, quem sabe quando viria isso. Agora, vamos estrear no início do Governo Lula, com as pessoas gritando ‘sem anistia!’ pelas ruas. Mudou aquilo que pensávamos do trabalho. Mas ele continua 100% atual e necessário.”, completa.

Durante a temporada, todas apresentações de domingo serão seguidas por um debate com convidados que discutirão a Lei da Anistia de 1979 e perspectivas sobre a conjuntura atual. O primeiro debate terá a participação de José Genoino e de Paulo Arantes.

Um memorial para Antígona integra a programação da mostra Teatro Pós-Trauma, que está em cartaz no TUSP e ainda reúne os trabalhos ORESTÉIA.BR, dirigido por José Fernando Peixoto, e Verdade, d’O Tablado, com texto e direção de Alexandre Dal Farra.

Sinopse


A partir da construção ficcional de um memorial para Antígona, o espetáculo discute a questão da pactuação nacional que se deu no Brasil na transição entre a ditadura militar e o período democrático. Em cena, 7 atores manipulam documentos sobre a criação da Lei da Anistia de 1979, ao mesmo tempo em que, através de depoimentos das personagens gregas, contam o mito da Antígona, fazendo com que o mito grego ecoe na história nacional.

Ficha Técnica

Com Danilo Arrabal, Giovanna Monteiro, Julia Pedreira, Joy Catharina, Rafael Sousa Silva, Sheila Almeida e Victor Rosa

Direção: Vicente Antunes Ramos
Dramaturgia: Miguel Antunes Ramos e Vicente Antunes Ramos
Composição sonora: Mariana Carvalho
Desenho e operação de som: May Manão
Colaboração na criação sonora: Eduardo Joly
Cenário: A. Hideki Okutani
Figurino: Sandra Antunes Ramos
Desenho e operação de luz: Matheus Brant
Projeção: Nina Lins e Thais Suguiyama
Participação na criação: Isabela Bustamanti
Produção: Leonardo Birche
Identidade visual: Gabriel Franco

Serviço

Um Memorial para Antígona, do comitê escondido
Temporada: 20 de abril a 14 de maio, de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h
TUSP – Teatro da USP – Rua Maria Antônia, 294, Vila Buarque
Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada para estudantes, aposentados, professores da rede pública e artistas)
Venda online em https://bit.ly/ummemorialparaantigona ou na bilheteria 1 hora antes do espetáculo
Classificação: 14 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 98 lugares
Acessibilidade: O teatro é acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Aluno do CEUB cria exoesqueleto mecânico para pessoas com deficiência

O projeto acadêmico promete auxiliar na mobilidade e na qualidade de vida desses indivíduos



O universitário Matheus Soares Nascimento desenvolveu um exoesqueleto que busca contribuir com a mobilidade de pessoas com deficiência nos membros inferiores. O aparelho de baixo custo auxilia os deficientes a executarem a marcha humana, minimizando patologias secundárias. O exoesqueleto suporta o equivalente aos membros inferiores de um indivíduo de até 76 kg de massa e 1,8 m de altura. A criação é resultado de um Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário de Brasília (CEUB).

O estudante, juntamente com o seu orientador, Hudson Capanema Zaidan, montou um exoesqueleto de baixo custo, que simula a marcha humana. O aparelho contribui na acessibilidade de locais e visa a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiências de membros inferiores. Os exoesqueletos ortopédicos fornecem sustentação e simulam os movimentos do membro, que é automatizado.

De acordo com o universitário, o intuito do projeto é sanar uma parcela das dificuldades que as pessoas com deficiência enfrentam e proporcionar uma melhor qualidade de vida. “Esse dispositivo comanda o movimento dos motores presentes nas articulações do quadril e joelho, por meio de um controle PID digital independente, para cada articulação”, explica.

Com a premissa de desenvolver um exoesqueleto de baixo custo e de fácil reprodução, o estudante utilizou um sistema modular, que assiste desde pessoas baixas às mais altas. O método utilizado consiste em criar uma estrutura que acople ao motor, de modo que tenham três elementos principais: móvel, fixo e extensões. Nesse momento, Matheus está desenvolvendo uma nova versão do equipamento, em busca de produzir ainda mais conforto e funcionalidade para o indivíduo. O próximo passo é criar uma miniature do exoesqueleto para então buscar parcerias para testes com seres humanos.

Para o doutor em Ciências Mecânicas e professor do CEUB de Controle e Servomecanismo, Tiago Leite, a ação de desenvolver equipamentos biomédicos é uma grande batalha dentro da ciência. O especialista afirma que o projeto do Exoesqueleto desenvolvido pelo Matheus dialoga muito com a possibilidade de transformar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Engenharia Elétrica em aplicações práticas. “Alguns aspectos de estabilização da velocidade e aceleração do exoesqueleto ainda podem ser refinados, mas é inegável que o que já foi feito mostra nossa capacidade de fazer algo novo”, destacou o docente do CEUB.

Cenário mundial


De acordo com estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que exista mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo, representando 15% de toda a população, referente ao ano de 2011. Tais dados englobam todos os graus de dificuldades e tipos de deficiência, seja ela auditiva, física intelectual, mental e visual. Apesar dos avanços científicos e das políticas públicas de inclusão, os deficientes físicos continuam enfrentando obstáculos, desde acessibilidade em locais públicos ao surgimento de enfermidade em razão da perda de movimentos dos membros.

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Cidadão bem informado: DPU pede à Caixa Econômica ampla divulgação sobre saque dos valores de PIS/PASEP



Mais de R$23,7 bilhões podem ser sacados pela população


Os profissionais que trabalharam com carteira assinada na iniciativa privada ou atuaram como servidores públicos entre 1971 e 1988 podem sacar o dinheiro das contas do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). Essa é uma boa notícia para as pessoas que têm direito a esse dinheiro, por isso, a Defensoria Pública da União (DPU) solicitou, nessa segunda-feira (1º), que a Caixa Econômica Federal faça ampla divulgação do assunto.

Em ofício encaminhado à presidente do órgão, Daniella Marques, a DPU pede que seja apresentado um plano de trabalho para que os cidadãos sejam comunicados sobre seus direitos. O documento foi assinado pelo defensor nacional de direitos humanos, André Porciúncula.

Para ele, a Caixa não só deve explicar à população sobre como verificar se há saldo, mas também sobre o que os trabalhadores devem fazer para sacar os valores. “Entendemos que a publicidade feita pela Caixa sobre o assunto até hoje é insuficiente porque muitas pessoas ainda desconhecem esse direito de levantar o valor relativo ao PIS/PASEP”, disse.

Porciúncula alerta ainda que o grande problema da falta de informação é que depois de cinco anos sem o levantamento desses valores o dinheiro será considerado “abandonado” e passará a ser de propriedade da União.

Hoje, estima-se que R$23,7 bilhões estejam parados porque as pessoas não sabem que têm direito ao saque. A DPU quer que a Caixa notifique pessoalmente os beneficiários e herdeiros que tenham direito ao benefício, levando em consideração que a empresa pública possui o nome e o CPF de todos.

Entenda o caso


Desde a Lei 13.932/2019, a Caixa liberou o saque integral do saldo de cotas de todos os titulares de conta individual do PIS/PASEP que ainda têm saldo disponível. Com a Medida Provisória 946/2020, o fundo PIS/PASEP foi extinto e seu patrimônio foi migrado para o FGTS, mas mantidas as contas individuais e a sua livre movimentação a qualquer tempo, até 1º de junho de 2025. Desta forma, as contas vinculadas de titularidade dos participantes do Fundo PIS/PASEP passam a estar vinculadas ao FGTS.

Para consultar o saldo da conta do FGTS originada pela migração do PIS/PASEP o cidadão pode acessar o aplicativo do FGTS; ver o saldo nas agências da Caixa ou utilizar o internet banking da Caixa.

Como sacar cotas do PIS/PASEP?


Todos os participantes cadastrados no Fundo PIS/PASEP que possuam saldo de Cotas do PIS/PASEP podem realizar o saque integral dos valores. Na hipótese de morte do titular, o saldo da conta será disponibilizado aos seus dependentes ou sucessores previstos na lei civil.

As contas vinculadas FGTS originadas pela transferência do Fundo PIS/PASEP poderão ser sacadas pelos mesmos motivos estabelecidos na Lei nº 13.932/2019.

Os valores migrados do Fundo PIS/PASEP para o FGTS não compõem o saldo total do trabalhador para fins de cálculo da parcela anual na hipótese de saque-aniversário e, em caso de demissão do emprego atual, não interferem no cálculo do saldo para fins rescisórios.

Confira o ofício enviado pela DPU.


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sábado, 2 de julho de 2022

ACESA Capuava promove presencialmente 14ª edição do Arraiá D’Ajuda em julho

Com diversas barraquinhas de comidas típicas de festas julinas, o evento terá show da sertaneja Lucyana Villar



Com muita alegria e animação, a entidade realiza a festança no dia 16 de julho, das 17h à meia noite. O Arraiá D’Ajuda da ACESA Capuava, entidade sem fins lucrativos de Valinhos que auxilia pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez, juntamente a suas famílias, volta presencialmente na Fazenda Capuava em sua 14ª edição com muitas delícias típicas desta época e diversão para todas as idades.

Este ano, o evento contará com um show da estrela da música sertaneja Lucyana Villar, conhecida por sua voz marcante e amplo repertório. Além disso, haverá barraquinhas de doces, pastel, sanduíches de pernil, cachorro quente, quentão, caldo de feijão, caldo verde, milho cozido, pinhão, curau e pamonha. Os convidados ainda poderão se divertir com as barracas de boca do palhaço, pesca, touro mecânico, pula-pula e o tradicional bingo.

Entre as atrações, estará também a 501st Legion, uma organização internacional de fantasias Star Wars, dedicada a celebrar o universo dos filmes através da criação, exibição e uso de figurinos que representam os personagens e vilões da saga.

A principal missão da Legião 501 é contribuir para a comunidade local através da caridade e trabalho voluntário em apoio em ações a várias entidades na região territorial, como visitas a hospitais, maternidades, ações que promovem e incentivam a doações e reposição de sangue nos hemocentros , visitas em orfanatos, eventos onde há inclusão social e conscientização sobre deficiência, eventos de cunho esportivos, sociais e filantrópicos e eventos ou workshops onde promovem a causa animal, ciência e tecnologia.

Os convites podem ser comprados com antecedência com os voluntários ou através da ACESA Capuava Store por R$10,00 para adultos e R$ 5,00 para crianças até 14 anos, ou obtidos gratuitamente por idosos, pessoas com deficiência e voluntários da entidade. Já as cartelas para o Bingo Especial também podem ser obtidas pelo site e com os voluntários. Na compra de três cartelas pelo valor de R$ 30,00, o convite para a festa é dado como cortesia.

Para mais informações, acesse o site www.acesacapuava.com.br ou o Facebook ‘ACESA Capuava’ e o Instagram @acesa_capuava ou ligue para 19 98376-0091 e 19 98283-0108.


Sobre a ACESA CAPUAVA



A ACESA CAPUAVA é uma entidade filantrópica de Valinhos-SP que atende pessoas com transtorno do espectro autista, deficiência intelectual, deficiência múltipla e surdez. Fundada em 2002, atua junto à comunidade carente de toda Região Metropolitana de Campinas e é formada por um grupo de profissionais que se uniu com a missão de prestar um serviço de amor incondicional e de cidadania. Todos seus colaboradores acreditam no ser humano, em suas infinitas possibilidades e em sua capacidade de transformar e transcender toda e qualquer condição de vida. Para mais informações, visite www.acesacapuava.com.br , nossa loja virtual www.acesacapuavastore.org.br e página no facebook www.facebook.com/ACESACapuava.


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sábado, 22 de janeiro de 2022

Bem da Madrugada promove primeira ação do ano




2022 chegou e vamos com tudo fazer o bem! O Projeto Bem da Madrugada, que faz parte do Instituto Somando Mais Ações realiza no próximo dia 26, quarta-feira, a partir das 18h, sua primeira ativação de 2022. O encontro acontece na região da Sé.

Nesse dia especial, a ONG reúne todos os projetos do @somandomaisacoes em uma ação especial. Médicos, veterinários, barbeiros, músicos, advogados, psicólogos, fotógrafos, lanchinho e a estreia de novos projetos, oferecendo diversos serviços, além de alegria, alimento, acolhimento e muito muito amor à população em vulnerabilidade.




#euapoioapoprua
#fazeroBemfazbem
#projetovoluntario
#ONG #trabalhovoluntario
#juntandogenteboa
#SomandoMaisAções


O Bem da Madrugada, assim como todas as ativações do Instituto Somando Mais Ações, seguem todos os protocolos de saúde - uso correto de máscaras, aferição de temperatura, higienização constante das mãos, distanciamento, assepsia dos materiais e muita responsabilidade.

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Terapias integrativas promovem redução de sintomas e ampliação do bem-estar do paciente




Aliadas ao tratamento convencional, práticas como musicoterapia e acupuntura são utilizadas pela Rede São Camilo SP como suporte à saúde física, mental e emocional



Pensar na saúde de forma integrada é a premissa de um conceito que valoriza a qualidade de vida do paciente. Conforme a coordenadora do projeto de medicina integrada da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra. Daniela Lima, a proposta parte da construção de uma relação mais ampla entre o paciente, médicos e equipe assistencial, com o objetivo de aliar terapias complementares ao tratamento da doença, visando cuidar do bem-estar físico, mental e emocional.

“As práticas integrativas e complementares, quando aliadas ao tratamento convencional, podem potencializar o tratamento e ajudar a aliviar os sintomas e desconfortos causados por algumas doenças”, destaca a médica.


Segundo ela, em outros países, como os Estados Unidos, há serviços estabelecidos de Saúde Integrativa em diversos Centros Hospitalares, porém, no Brasil, poucos centros hospitalares incluem as práticas como forma de cuidado ao paciente.

“Pensando nisso, o São Camilo está estabelecendo um Núcleo de Saúde Integrativa, como forma de humanizar o cuidado ao paciente e levar mais atenção, cuidado, individualização e outros arsenais terapêuticos, além do medicamentoso.”

Acupuntura e musicoterapia estão entre as atividades que fazem parte do programa na instituição, contando com especialistas em todas as unidades.



Musicoterapia

De acordo com a musicoterapeuta da Rede São Camilo SP Perola Carvalho Pereira, a prática pode contribuir para estimulação cognitiva, neurológica, da linguagem e da comunicação, bem como promover o acolhimento e elaboração de traumas, de adoecimento e luto, manejo de dores crônicas, ansiedade e depressão.

“A musicoterapia é uma profissão que se utiliza das propriedades de evocação e terapêuticas da música num processo estruturado para cuidar do ser no seu todo”, diz a especialista.

A terapeuta explica que as indicações para a atividade são bastante amplas. “É especialmente indicada para pessoas com dificuldades na comunicação, seja por algum impedimento físico, por adoecimento ou neurodiversidade, ou por questões psicológicas que dificultem as intervenções verbais.”

Para a paciente Geise, 51 anos, em tratamento de uma doença degenerativa que causa fortes dores no corpo, a experiência foi “intensa e inesquecível”. “A primeira sessão me fez chorar. Senti um bem-estar como há muito tempo não sentia, uma sensação incrível de conforto e acolhimento”, detalha.

A coordenadora do Núcleo de Saúde Integrativa ressalta que as terapias atuam como um suporte importante aos tratamentos, sempre baseados em evidências em relação à segurança e eficácia. A acupuntura, por exemplo, trabalha com as emoções, reduzindo medo, raiva e preocupações.



Acupuntura

Dr. Levi Jales Neto, reumatologista e acupunturista da Rede de Hospitais São Camilo SP, que atua no tratamento das dores osteomusculares e sintomas dos pacientes oncológicos. “Existem diversos estudos científicos que demonstraram a eficácia da acupuntura na redução das náuseas e vômitos após quimioterapia, podendo ser usada para completar a terapia antiemética padrão”, explica.

O médico frisa que a acupuntura age também no controle da dor por estímulo neural periférico e neuromodulação através do estímulo da agulha. “Na oncologia, observamos a necessidade crescente de complementar aos tratamentos do câncer um outro mais humano, que vise reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, esclarece.

Dra. Daniela ressalta que a Rede conta com equipes multidisciplinares preparadas em suas unidades e pode beneficiar pacientes de todas as idades. “A musicoterapia está disponível para toda a rede de pacientes hospitalares internados, e temos também o ambulatório de acupuntura, onde o paciente pode marcar sua consulta”, finaliza. O projeto, em fase de ampliação, também prevê a implementação de atividades de meditação e Reiki.

Para agendamentos, acesse www.hospitalsaocamilosp.org.br ou ligue (11) 3172-6800.


Sobre a Rede de Hospitais São Camilo SP

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 6 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 2 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

Siga o Hospital São Camilo nas redes sociais: @hospitalsaocamilosp


sábado, 4 de dezembro de 2021

Inca estima 14,6 mil novos casos de linfoma no Brasil em 2021

Especialista da Rede São Camilo SP explica sintomas, diagnóstico e formas de tratamento da doença, que causou 5 mil óbitos de brasileiros somente em 2019



O termo linfoma é usado para designar vários tipos de câncer que se originam nos linfócitos, células que desempenham papel crucial no funcionamento do organismo. Ele se dissemina através do sistema linfático e da via sanguínea.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença foi responsável por mais de 5 mil óbitos no Brasil somente em 2019. A estimativa é de que, neste ano, sejam registrados mais de 14,6 mil novos casos.

Dr. Marcelo Bellesso, hematologista coordenador da área de linfomas da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, destaca que os linfomas podem acometer qualquer parte do corpo e têm no seu diagnóstico o desafio inicial.

Cada tipo de linfoma se comporta de maneira completamente distinta, podendo fazer parte ainda de dois subgrupos: Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma não Hodgkin (LNH). “Por isso, é tão importante falarmos mais a respeito, pois tanto a identificação dos sintomas como a detecção e o tratamento são bastante distintos entre si”, explica.

As diferenças estão presentes através do padrão de crescimento celular, do tipo de célula envolvida e de como a doença se manifesta. Portanto, o médico patologista, em conjunto com o hematologista, são os responsáveis por concluir o diagnóstico baseado na avaliação do paciente, combinada com a biópsia e sua complementação chamada imuno-histoquímica.

Os Linfomas de Hodgkin apresentam maior incidência entre 20 e 30 anos e após os 50 anos. Embora existam exceções, geralmente notamos aumento das ínguas (caroços) superficiais no pescoço, axilas e virilha. Por vezes, essas ínguas podem crescer dentro do tórax (mediastino), abdome ou pelve, sendo diagnosticados através de exames de imagem como o PET-CT e a Tomografia Computadorizada. As ínguas superficiais são comumente indolores.


Em relação aos Linfomas não Hodgkin, há dezenas de diversos subtipos. Eles podem se desenvolver de maneira extremamente agressiva ou de forma lenta, chamados indolentes. Além disso, podem estar presentes tanto nas ínguas (linfonodos) como em qualquer tecido do nosso organismo.

Entre os sintomas que podem ajudar a identificar o problema, Dr. Marcelo destaca a febre no final da tarde, suores noturnos excessivos, coceiras na pele, cansaço e perda de peso sem motivo aparente. Vale lembrar que estes sinais são comuns a diversas outras enfermidades, portanto, é fundamental procurar um médico para investigar a causa.

O hematologista ressalta que o diagnóstico é realizado por meio de biópsia, ou seja, análise de um tecido retirado cirurgicamente ou pela remoção de uma parte da região afetada por uma agulha grossa. Este material retirado será avaliado no laboratório pelo médico patologista determinando, então, o tipo e subtipo do linfoma e direcionando o melhor tratamento a ser realizado.

Ele reforça, ainda, que se detectado em estágio inicial, melhoram as perspectivas de resposta ao tratamento e, em muitos casos, aumentam a possibilidade de cura.

“Quando falamos sobre o tratamento, temos um arsenal de possibilidades, de acordo com o tipo de linfoma, condições do paciente, exposição a tratamento prévio, entre outros. Podemos utilizar quimioterapia, imunoterapia, inibidores de pequenas moléculas, transplante de medula óssea ou, em certos casos de linfomas indolentes, apenas a observação e seguimento clínico”, reitera Dr. Marcelo.

Por isso, finaliza o especialista, é muito importante uma excelente relação entre médico e paciente, para que todas essas dúvidas sejam muito bem esclarecidas.

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 6 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 2 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Governo Federal entrega 228 moradias para famílias de baixa renda em SP


O Governo Federal entregou nesta segunda-feira, 29 de novembro, 228 moradias a famílias de baixa renda da cidade de São Paulo.

Alfredo dos Santos, secretário nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, o MDR, participou da cerimônia da repasse das chaves do Residencial Tupã. Ele destacou a importância do programa Casa Verde e Amarela para garantir moradia digna à população brasileira.

“É um programa completo, abrangente e em especial focado nas parcerias com os governos locais”

O Residencial Tupã, que integra o Programa Casa Verde e Amarela, recebeu quase R$ 27 milhões de investimentos e vai beneficiar aproximadamente mil pessoas.

O empreendimento é composto por apartamentos distribuídos em três blocos de 13 andares, sendo seis unidades por andar. Além disso, conta com tem três salões de festas, playground, paisagismo, área de descanso e jogos, além de uma quadra poliesportiva e guarita.

A dona de casa Eledilce da Silva Andrade, de 36 anos, é uma das beneficiárias. Ela comemorou ter, agora, um lugar seguro para criar os cinco filhos.

“Eu tenho cinco filhos e estou muito feliz de vir pra cá com eles, em um lugar mais seguro. Nós morávamos em comunidade, é muito perigoso. Aqui vai ser melhor para criar eles, mais seguro"

Para saber mais sobre o Programa Casa Verde e Amarela e outras ações de habitação do Governo Federal, acesse mdr.gov.br.


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

O futuro da Odontologia


Especialistas analisam mercado de trabalho para cirurgiões-dentistas

Falar sobre mercado de trabalho é sempre complexo porque cada área tem suas especificidades e, mesmo dentro de uma formação, as atuações costumam ser inúmeras. Isso não é diferente na Odontologia.

A cirurgiã-dentista, professora e membro da Comissão de Teleodontologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Ana Estela Haddad, cita uma preocupação que tem influenciado o mercado de trabalho odontológico. “Uma questão que preocupa bastante é o crescimento da graduação em Odontologia no Brasil. Em 2016, tínhamos 269 cursos. Já entre 2017 e 2020, foram autorizados 345 novos cursos de graduação em Odontologia pelo Ministério da Educação”, conta. 

Ela cita dados de um estudo que realizou com outros pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL) com a Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO). A análise tem total razão, pois o Brasil é o país com mais cirurgiões-dentistas do mundo! Cerca de 20% dos profissionais ao redor do globo estão em solo verde e amarelo e São Paulo é o estado com a maioria deles (mais de 100 mil), quase um terço do total dos cirurgiões-dentistas brasileiros. Por isso, mesmo com o ensino superior, os desafios para entrar nesse mercado não são poucos. 

Para Ricardo Henrique Alves da Silva, professor Doutor da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP), o carro-chefe da Odontologia é o mercado clínico. “O consultório odontológico, a clínica e os demais empreendimentos de atenção e assistência à saúde ainda são os principais espaços de atuação”, afirma o cirurgião-dentista que também ministra conteúdos de orientação profissional. 

Com a graduação concluída e o registro pronto, os recém-formados podem optar por seguir a carreira clínica, como apontado por Ricardo, em uma das mais diversas especialidades de mercado, como Prótese Dentária, Ortodontia, Implantodontia e muito mais. “Os desafios vão existir, obviamente, em qualquer que seja essa escolha. Hoje, o público consumidor, que são os pacientes, é muito informado e exigente. Fora isso há a concorrência. Então é preciso conciliar esses dois lados. Para isso, é importante entender muito de Odontologia, mas também conhecer de gestão, de organização, de trabalho em equipe e dos princípios éticos que regem a profissão”, completa Ricardo. 

Outra opção é seguir carreira no setor público. “Em 2010, analisamos o perfil sociodemográfico, de formação e de atuação e identificamos que quase um terço dos cirurgiões-dentistas tinham vínculo com o serviço público naquele momento. Isso aconteceu principalmente após a criação de uma política nacional de Saúde Bucal e pela política de educação e trabalho na Saúde, a primeira ação sobre recursos humanos em Saúde na Odontologia. Foi um marco para a criação da Estação FOUSP-ABENO de Recursos Humanos em Saúde, que passou a integrar uma rede de pesquisa e valorização profissional de 22 estações de diversas universidades brasileiras”, explica Ana Estela ao citar a publicação Perfil e Tendências do Dentista no Brasil.

A expectativa é de cada vez mais oportunidades nesse mercado, ainda que ele dependa diretamente de políticas públicas, pois há urgência na demanda da população. Dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que menos da metade dos brasileiros haviam consultado um cirurgião-dentista nos 12 meses anteriores à pesquisa. Isso diz muito sobre a carência de atenção aos cuidados e à higiene bucal, levando essa mesma população a enfrentar graves problemas, como a perda de dentes, por exemplo. Segundo o mesmo levantamento, 34 milhões de pessoas com mais de 18 anos haviam perdido 13 ou mais de dentes, enquanto 14 milhões perderam todos eles. 

Há também o campo acadêmico, que, muitas vezes, pode ser conciliado com outra atuação. “Gosto de contar a história do meu primeiro ano da graduação, naquela época eu queria me especializar em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, mas, no fim, acabei indo para Odontologia Legal. Além disso, sempre quis dar aulas”, recorda Ricardo. “É importante estar aberto para conhecer toda a amplitude da Odontologia. Nossa profissão é uma construção contínua. A preparação está nos bancos acadêmicos, mas ela deve continuar sempre”. 

O futuro da Odontologia

Quem está ingressando na carreira, pode se perguntar sobre o que será o futuro da Odontologia. Essa pergunta, infelizmente, não vem com fórmula mágica ou resposta concreta. Além do mais, a Covid-19 tem provocado fortes reflexos na economia como um todo e o pós-pandemia ainda é desconhecido.  

Por um lado, fragilidades são escancaradas e dificuldades de mercado se tornam maiores. Por outro, há destaque para os serviços que se tornaram mais do que essenciais, como no caso da Odontologia Hospitalar, grande aliada no combate às infecções virais provocadas pela internação de pacientes infectados. “A saúde ganha grande espaço a partir da pandemia e a Odontologia tem aí oportunidades de pensar em novas formas de inserção dos cuidados em saúde bucal, no nível individual e coletivo”, estima Ana Estela. 

Já para Ricardo é possível observar algumas tendências para entender o que pode ser mais promissor no futuro com base em fatores atuais, como o envelhecimento da população e também a alta busca por estética. “O ideal é ter uma visão de médio ou longo prazo e pensar no mercado agora. A Odontologia de 30 ou 40 anos atrás não é a mesma de hoje e não será a mesma daqui 30 ou 40 anos. Esse exercício de futurologia depende de uma análise da evolução social, técnica e científica. Tudo isso vai influenciar a Odontologia e vai refletir pra gente também”, defende.

Sobre o CROSP

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com mais de 145 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária. Mais informações: www.crosp.org.br

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Máscara e cuidados da pele: Dermatologista dá dicas de como prevenir doenças


A máscara já virou acessório indispensável nas nossas vidas e não temos ideia de até quando seguiremos com essa obrigatoriedade de uso. Mas, se por um lado ela nos protege de um vírus tão perigoso, pelo outro, ela pode provocar (ou potencializar) algumas doenças na pele do rosto e lábios, principalmente para quem faz uso prolongado do equipamento de proteção.

Entre os problemas mais comuns que o uso excessivo da máscara pode causar, estão: acne, dermatite e ressecamento com rachaduras e descamação, bem comuns nos lábios. Para minimizar esses incômodos, a Dermatologista Nádia Bavoso reuniu algumas dicas práticas que podem - e devem - ser seguidas por mulheres e homens: 

Lave sempre o rosto com um sabonete suave e próprio para o seu tipo de pele e evite água mais quente. Se você tem dificuldade em lavar com água fria, opte por uma temperatura pouco acima da ambiente. Quanto mais quente a água, mais ela agride a pele que já está mais sensível; 

Hidrate muito bem o rosto e lábios pela manhã e antes de dormir. Se você já voltou à rotina de trabalho e passa o dia com a máscara, vale carregar um hidratante e reforçar ao longo do dia. Os lábios merecem uma atenção especial e pedem uma hidratação contínua ao longo do dia. Já para o rosto, uma dica: logo depois de escovar os dentes após almoço, lave o rosto só com água e já hidrate o rosto todo. Como a maioria dos homens não é muito fã de cremes, minha sugestão é investir em algo bem clássico, que absorve rápido e sem muita fragrância. As drogarias estão cheias de opções masculinas interessantes e com valor super acessível; 

Evite usar maquiagem na região que a máscara cobre, quanto menos produtos que impedem a respirabilidade da pele, melhor. Aposte em um corretivo e use e abuse das makes nos olhos; 

Não esqueça do protetor solar. Esse item é indispensável sempre e não seria diferente mesmo com as máscaras. O mercado tem uma infinidade de opções atualmente. Minha sugestão é usar um à base de água para aproveitar e já hidratar a pele. Ah!, e para as mulheres que gostam de se maquiar, vale a pena investir em um protetor com cor que não faz mal para a pele como uma base; 

Por último e não menos importante: prefira máscaras de algodão ou de tecidos que não abafem mais o local. Temos visto muitas máscaras diferentes e até com paetês e brilhos, mas não recomendo o uso desses tecidos por muitas horas, podem podem irritar ainda mais a pele. Se você quer combinar a máscara com o look, uma saída é usar a mais suave ao ao longo do dia e deixar a mais fashion para ocasiões especiais; 

Se mesmo com todos esses cuidados você perceber o surgimento de irritações, espinhas ou vermelhidão, procure um médico imediatamente. Quanto mais atrito da máscara na pele machucada, pior. E quanto antes as doenças forem identificadas, mais rápida a recuperação.

Sobre Dra. Nádia Bavoso

Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem mestrado pela mesma instituição e faz parte do corpo docente da UNIFENAS (BH). É sócia da Clínica Eveline Bartels, uma das mais conceituadas em medicina estética de Belo Horizonte.


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