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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto (TSE) afirma que liberdade de expressão não é direito absoluto




Nos últimos anos, a liberdade de expressão ganhou grande protagonismo no Brasil e tem sido amplamente usada como justificativa para diversos tipos de manifestações públicas e opiniões proferidas, como algo que se contrapõe à censura. No entanto, embora esse conceito seja um dos princípios gerais do direito eleitoral brasileiro, a matéria, controversa em sua origem, necessita de uma análise mais apurada e baseada em normas legais, para que o excesso de subjetivismo não gere o efeito contrário, ou seja, uma democracia às avessas, como avalia o ministro e diretor da Escola do Judiciário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tarcísio Vieira de Carvalho Neto. Ele participou da videoconferência “Propaganda Eleitoral” no 1º Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral (Conbrade) nessa quinta-feira, 20 de agosto.

“A aplicação desmesurada de qualquer princípio, entre eles o da liberdade de expressão, deve ser combatida a qualquer custo. Caso contrário, estaremos diante de um embuste, que é trabalhar o Direito a partir da manipulação de ideias. Assim, a aplicação subjetiva, sem amarras teóricas, pode descambar para o mal que se pretende evitar, como a celebração do próprio autoritarismo e a erosão da espinha dorsal do conceito de estado de direito”, enfatiza.

Defensor da liberdade de expressão, como conceito de qualifica a democracia, o ministro disse, ainda que a correlação desse conceito com a propaganda eleitoral é total. “Não há como estudar liberdade de expressão em propaganda eleitoral sem abordagem da jurisprudência do TSE no trato dessa matéria. A jurisprudência coloca um limite refinado nesse princípio visto que o constituinte brasileiro não concedeu liberdade de expressão como direito absoluto. Trata-se de um direito suscetível de restrição pelos poderes judiciário e legislativo”, pontua.

Nesse sentido, não há espaço para o vale tudo da propaganda eleitoral, um tema que tem merecido a atenção constante do TSE, para não comprometer a igualdade de oportunidade dos candidatos que disputam o pleito e evitar ocorrência de abusos de poder econômico e político que possam comprometer o resultado do pleito. “O TSE tem entendido que fatos ocorridos na mídia eletrônica têm alcance inegavelmente menor se comparados com rádio e TV. Já o discurso de ódio se apresenta como um dos grandes exemplos de limitação total da liberdade de expressão. Além dos dispositivos constitucionais, leis, resoluções e regras de comportamento, o Brasil, como signatário do Pacto de São José da Costa Rica, também deve condenar a propaganda a favor da guerra, apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitação à discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência”, ressalta.

Direito à propaganda

Em sua fala, a advogada eleitoralista e membro fundadora do coletivo ‘Mais Mulheres no Direito’ e membro do coletivo ‘Advogadas do Brasil’, Isabel Mota, explica que a propaganda eleitoral é direito e oportunidade para que os eleitores possam conhecer os candidatos aos cargos eletivos. Mesmo assim, ela critica o impulsionamento de conteúdo digital, já que segmenta esse material de acordo com a preferência do indivíduo.

A advogada afirma, ainda, que a judicialização excessiva pode comprometer a estratégia de campanha do candidato. “Mesmo que a justiça seja ágil, a resposta não é rápida o suficiente. Resolver questões relativas a propaganda digital pela via judicial pode gerar grande frustração. É preciso estar atento aos conteúdos, já que a campanha é célere. A gestão da campanha tem movimento estratégico. Com representações para retirar conteúdos da rede, mesmo que isso aconteça, é preciso fazer um exame se tal ação vai gerar mais benefício ou desgaste para a candidatura”, destaca.

Conbrade

O 1º Conbrade é uma iniciativa da Associação Mineira de Defesa dos Direitos do Advogado - Artigo Sétimo, com apoio institucional da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

As videoconferências são transmitidas ao vivo, sempre às terças e quintas-feiras, a partir das 19 horas. Para conferir, basta cadastrar-se no site www.conbrade.com.br, como participante. O acesso é gratuito. A programação vai até 3 de setembro, com um debate sobre fake news.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Estudos sobre complicações cardiológicas causadas pela Covid-19 indicam necessidade de monitoramento


Hospital & Clínica de São Gonçalo começa programa de teleatendimento para informar e rastrear possíveis casos em pacientes recuperados

Meses depois da detecção do novo coronavírus e o início de uma pandemia, os impactos da recente Covid-19 para a saúde humana seguem sendo diariamente investigados, e a cada ensaio clínico é possível entender mais do comportamento da doença, os fatores de risco e seus efeitos. Um deles, destacado recentemente por estudos diferentes no Brasil e no exterior, revela a possibilidade de complicações no sistema cardiológico dos infectados pela Covid-19, mesmo naqueles pacientes já tratados e recuperados do vírus. Por isso, o Hospital & Clínica São Gonçalo (HCSG), na zona metropolitana do Rio de Janeiro, iniciou nesta semana um monitoramento de todas as pessoas que foram internadas na unidade por causa do novo coronavírus com o objetivo de informar sobre os cuidados necessários com o coração e oferecer os serviços ambulatoriais do hospital para acompanhamento.

De acordo com o doutor Angelo di Candia, gestor da unidade coronariana do Hospital & Clínica São Gonçalo, as consequências da doença já haviam sido percebidas, e ganharam mais embasamento científico nas últimas semanas.

“A ideia do acompanhamento veio também, na verdade, da observação que a gente já fazia no Hospital dos pacientes internados, e vimos que alguns desenvolviam graus diversos de acometimento cardíaco associado à infecção pela Covid”, explica, destacando que a agressão do vírus pode ser maior do que o previsto até então. “Os estudos e publicações no mundo todo mostram com evidências mais claras que essa propriedade do vírus de agredir o músculo cardíaco e também os vasos que estão dentro do coração, mesmo os pequenos vasos, é maior do que pensávamos no início da pandemia. Com isso, aumenta-se o risco de complicações, de curto e longo prazo, associadas à descompensação de doenças cardíacas, algo que pode ocorrer mesmo em pacientes que se recuperaram da Covid”, afirma o cardiologista.

O contato com os pacientes recuperados da Covid é feito, primeiramente, por telefone. O serviço de telemedicina vai ajudar a rastrear, de início, as possíveis complicações derivadas da infecção e, mais importante, alertar as pessoas para a possibilidade desse quadro. São mais de 400 recuperados do coronavírus somente no HCSG desde o primeiro caso. O acompanhamento é uma ação orientada e estimulada, também, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

“Nós queremos passar a mensagem de que é importante que todo paciente que se recupera de Covid-19 tenha uma avaliação cardiológica posterior, um acompanhamento ambulatorial. Existem fatores que determinam as chances de se ter uma agressão maior ou menor, e por isso vamos informar sobre a vigilância cardiológica”, assegura o doutor Angelo.

O Hospital & Clínica São Gonçalo tem, desde o começo da pandemia, uma estrutura preparada e segura para atender os pacientes da Covid e conta com um fluxo de pacientes organizado que mostrou resultado positivo. Atualmente, tem experimentado uma redução de mais de 50% do número de casos, em média, em relação aos primeiros meses, e não há casos registrados de internação, hoje, em que se encontre complicação cardíaca grave em pacientes infectados pelo novo coronavírus.


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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Planejamento sucessório evita litígios e taxações da herança, que podem chegar a 40% do valor dos bens

Dra. Cláudia Stein



Advogada especializada em Direito Familiar explica a importância do processo


O planejamento sucessório pode ser definido como uma decisão antecipada da sucessão patrimonial de uma empresa ou de um indivíduo. Com o documento – tido como uma alternativa menos desgastante, que minimiza as possibilidades de litígios entre os beneficiários – é possível que sejam estabelecidas oficialmente uma série de diretrizes, como o registro e a destinação de bens e propriedades aos beneficiários do patrimônio. No caso de empresas, também pode ser definido qual será o herdeiro que será o responsável por manter a administração vigente.

O planejamento é de extrema importância para garantir a manutenção dos bens da família ou das empresas, uma vez que processos de inventário após a morte são burocráticos, caros e envolvem disputas judiciais intensas, que podem levar anos para terminar. Além disso, estimativas apontam que os inventários sejam responsáveis por diminuírem o valor total da herança em 30 a 40%.

A advogada especializada em direito familiar e sucessório, professora de cursos de pós-graduação em Direito Civil, Cláudia Stein, explica que, com o planejamento sucessório, os interessados podem diminuir a incidência de litígios entre os beneficiários, além de destinar os bens que julgar melhor atender os interesses de cada um dos contemplados, sempre respeitando a previsão da lei. “No Brasil, quem tem herdeiros necessários (descendentes, ascendentes, cônjuge ou companheiro), só pode destinar 50% do respectivo patrimônio para outras pessoas ou instituições que não sejam os herdeiros”, pontua a especialista.

Pandemia acelera busca por informações sobre o tema

Durante esse período de pandemia, a advogada já notou um crescimento nas consultas em temas como testamento e herança. “Senti um aumento na procura pela realização de planejamentos sucessórios nos últimos meses. Acredito que isso aconteça pelo fato de que a pandemia deixa muito claro para todos o aspecto da finitude da vida”.

Em sua visão, muitas vezes as famílias e empresas adiam o planejamento sucessório e não tratam o assunto com a seriedade que ele
deveria ter pois é comum que as pessoas tenham receio de falar sobre temas que se relacionam à morte. E as implicações burocráticas sobre o planejamento sucessório são assuntos comumente adiados.

Para evitar esse erro, a advogada recomenda que se procure um especialista, que pode agilizar e orientar os interessados no processo. “A melhor forma é a realização de reuniões preliminares, para que sejam esclarecidas todas as dúvidas iniciais. Depois desse primeiro passo, o ideal é construir um protocolo de intenções, para iniciar a elaboração da documentação necessária”, finaliza Cláudia Stein.

Cláudia Stein advogada especializada em Direito de Família e das Sucessões. Sócia do escritório “STEIN, PINHEIRO E CAMPOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS”; Mestre e Doutora em Direito Civil pela Universidade de São Paulo; Professora de Direito Civil no curso de Pós-Graduação da Escola Paulista de Direito-EPD, na Escola Brasileira de Direito - EBRADI e em diversos outros cursos; co-autora das obras “Direito e Responsabilidade”, “A Outra Face do Judiciário”, “Direito Civil – Direito Patrimonial e Direito Existencial”; da obra “Separação, Divórcio, Partilhas e Inventário Extrajudiciais - Questionamentos sobre a Lei 11.441/2007; da obra “Impactos do novo CPC e do EPD no Direito Civil Brasileiro”; coautora da obra “Direito de Família”; coautora da obra “Transformações no Direito Privado nos 30 anos da Constituição – Estudos em homenagem a Luiz Edson Fachin”; coautora da obra “Coronavírus: impactos no Direito de Família e Sucessões”.

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Estudantes gravam vídeos com mensagens de carinho para idosos de Asilo em Ribeirão Preto



Estudantes gravam vídeos com mensagens de carinho para idosos de Asilo em Ribeirão Preto

Projeto tem o objetivo de ensinar sobre a importância de cuidar de quem está no grupo de risco em meio à pandemia


O isolamento social completou cinco meses e muitas pessoas já estão sentindo os efeitos colaterais de não poderem sair de casa. Essa situação se agrava entre os idosos, que estão cada vez mais isolados por serem considerados grupo de risco na pandemia da Covid-19. Para tentar mudar esse cenário, os estudantes do 2º ano A do Ensino Fundamental do Colégio Marista Ribeirão Preto (SP) desenvolveram o Projeto de Intervenção Social (PIS) sobre o cuidado e o atendimento preferencial aos idosos, considerando também essa época de pandemia.

Dezoito alunos da mesma turma gravaram vídeos com mensagens personalizadas de carinho e ânimo e enviaram para um grupo de 19 idosos do Lar Vovô Albano, instituição que acolhe pessoas com mais de 60 anos em situação de abandono e risco social. “A assistente social da instituição entrou em contato conosco falando que os idosos estavam se sentindo muito tristes neste período de pandemia, porque não podem sair nem receber visitas e então decidimos desenvolver essa ação”, conta a professora Patrícia Machado.

A turma também organizou kits de higiene contendo sabonete líquido, bucha para banho, creme dental, escova de dente e uma caneca de plástico para doar aos idosos, como forma de combater a Covid-19. O asilo solicitou apenas o sabonete, mas partilhando com as famílias durante a aula remota, as doações foram ampliadas.

Os produtos serão entregues devidamente higienizados na recepção do Lar no dia 25 de agosto. “Ficamos animados com a possibilidade de ajudar neste momento em que eles estão tristes. Mesmo sem contato físico, conseguimos levar um pouco de carinho a eles”, disse Patrícia.

Para a coordenadora da Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Marista Ribeirão Preto (SP), Marina Mazetti Stucchi Silva, ações como essa são fundamentais para desenvolver a solidariedade e a empatia entre os estudantes. “O período de pandemia tem apresentado situações em que podemos trabalhar na prática essas habilidades e competências tão importantes para a formação integral do aluno”, ressalta.

Sobre a Rede Marista de Colégios

O Colégio Marista Ribeirão Preto integra a Rede Marista de Colégios (RMC), que está presente no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica alinhada ao mercado. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.


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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

ARTIGO: HORAS INFINITAS - Por: Lucia Moyses



As horas já não importam mais. Tic tac. Tic tac. Tic tac. Despertar, comer, assistir TV, navegar pela internet, pensar, pensar, pensar.


Os primeiros dias até que são divertidos. Poder acordar a qualquer hora, não ter horário para nada, almoçar às 15 horas e jantar à meia-noite. Assistir a todos os filmes do Netflix que não tinha tempo para acompanhar, ficar conversando no Whatsapp até enjoar, comer, comer, comer.

Então, os dias passam e o tédio chega. O sol continua a brilhar, mas não podemos senti-lo em nossa pele. O dia se alterna com a noite, mas isso não faz mais diferença. As árvores continuam verdes, as flores continuam perfumadas, mas estamos proibidos de desfrutar a natureza.

Será tão ruim assim ficar um tempo confinado? Estamos em nossas próprias casas, em nosso próprio lar, na companhia das pessoas que mais amamos. Nos dias de hoje, cada vez mais gente trabalha em casa, virtualmente. Pacientes conversam com seus terapeutas via computador. Estudos são feitos à distância. As pessoas querem sair cada vez menos de casa. Querem enfrentar cada vez menos o trânsito, a neurose, o capricho do clima.

Por que, então, tanta revolta e negatividade? Porque perdemos nossa liberdade. Ficar em casa por escolha é diferente de ser proibido de sair às ruas. O homem preza sua liberdade acima de tudo. O fruto proibido é sempre o mais desejado, é sempre o mais atraente.

Pais sentem seu coração partir quando seus pequenos falam “quando tudo melhorar, a gente vai brincar no parque, não é?”. Namorados e amantes testam seu amor com a distância imposta. Filhos não podem visitar seus pais idosos. Pessoas que precisam de receita para comprar seus medicamentos precisam se expor ao perigo do vírus para irem visitar seus médicos. Quem está infectado pode ser obrigado a ficar confinado em seu quarto. Enfim, não é simplesmente não sair de casa, mas viver em clima de guerra. Esse é o grande problema.

Mas vamos lá. Reclamar não adianta. Todo o pânico e negatividade só pioram a nossa situação. Os fatos são esses. Podemos aceitá-los tentando tornar nossa vida menos pesada ou podemos nos revoltar, chorar, gritar e só piorar a situação para todo mundo.

Quem está trabalhando em casa, acorde na mesma hora de sempre, tome banho como sempre, vista-se como sempre (tudo bem, não é necessário o terno ou os saltos agulha, a não ser que você realmente goste), tome o café da manhã no mesmo horário de sempre. Escolha em que aposento você irá trabalhar e concentre-se no seu serviço como faria nos dias normais. Faça pausas para descansar, tomar café, beber água. Pare no horário de almoço e quando terminar seu horário de trabalho, desligue-se de tudo. É sua hora de relaxar.

Quem não pode mais ir à academia ou correr no parque, baixe aplicativos de exercícios e alongamentos. Não deixe de se exercitar. O exercício físico faz bem para a mente e para o corpo.

Quem não pode trabalhar em casa e está achando seus dias um tédio, aqui vão algumas dicas: leia. Coloque sua leitura em dia. Não tem livros em casa? Há vários sites disponibilizando livros online gratuitos para serem baixados. Leia. Cada 30 minutos de leitura por dia criar novas redes neurais em seu cérebro que reduzirão sua chance de demência. Leia. Crie esse hábito. Aproveite que agora você tem tempo.

Quem disse que você precisa se isolar de todo mundo? Converse com sua família e amigos pelo Whatsapp. Faça ligações de vídeo e inclua diversas pessoas para conversarem, rirem, trocarem ideias.

Que tal aprender um novo idioma? Existem sites gratuitos para que você possa aprender sem sair de casa. Parlez vou français? Sprechen Sie Deutsch?

Quanto tempo faz que você não arruma seus armários e gavetas? Quantas coisas que você não poderia doar, porque não usa há muito tempo? É chato? Sim, mas faça um pouquinho só por dia. Você tem tempo. Coloque uma música que te incentive ou te relaxe, ou te dê asas e arregace as mangas. E por falar em música, por que não dançar? Dance sozinho, dance com o parceiro, dance com os filhos, dance.

Não se esqueça do sol. O sol é muito importante. Se você mora em casa, saia um pouco no quintal. Se mora em apartamento, vá um pouco às áreas públicas, tomando o cuidado de ficar distante das pessoas que porventura tiveram a mesma ideia que você. Se tiver muita gente, volte ao apartamento e tente novamente em outro horário.

Por que não aprender a cozinhar? Há sites de supermercado que entregam as compras que você desejar. Pesquise quais não estão aumentando o preço das mercadorias.

Jogue Stop pelo Whatsapp com os amigos. Jogue xadrez pela internet. Se tiver jogos de tabuleiro, jogue com quem estiver confinado com você.

Não sabemos quanto tempo esta crise irá durar. Pode ser semanas, pode ser meses. É hora de sermos criativos, de sermos positivos. E é hora de aprendermos a exercitar a solidariedade. Muitas pessoas estão sem trabalho. E sem trabalho, não recebem. Por que não ajudar essas pessoas depositando alguma quantia, por mínima que seja, em sua conta? Algumas pessoas estão sozinhas, realmente sozinhas, e não têm com quem conversar. Podem estar deprimidas, ansiosas, com muito medo e fragilizadas. Liguem para essas pessoas, conversem com elas sempre que puderem. As redes sociais podem fazer um bem enorme para quem está sozinho e/ou sofrendo.

É nessas horas, horas de crise, que podemos tirar o melhor de cada um e exercermos nossa humanidade. É justamente agora que estamos isolados que devemos nos unir. Mostrar que não estamos sós apesar de sozinhos.

Médicos estão fazendo sua parte, arriscando até mesmo suas vidas. Vamos fazer nossa parte também.

Crise, em psicologia, significa mudança. Vamos lutar para que seja uma mudança benéfica, positiva, uma mudança para um mundo melhor.


Lucia Moyses é psicóloga, neuropsicóloga e escritora (www.luciamoyses.com.br)

Natural de São Paulo, Lucia teve sua primeira formação em análise de sistemas pela FATEC (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), complementando os seus estudos com curso de pós-graduação na UNICAMP (Universidade de Campinas). Atuou nessa área por mais de 20 anos e foi convidada para ser coautora em uma obra da IBM, em sua sede nos Estados Unidos. Administrou cursos e palestras, inclusive para pessoas com necessidades especiais.

A partir desta experiência, a escritora se interessou pela área de humanas. Foi então que decidiu seguir a carreira de Psicóloga, concluindo o bacharelado na FMU (Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas) e, logo depois, se especializando em Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva pelo (INESP) - Instituto Nacional de Ensino Superior e Pesquisa.

Em 2013, a autora lançou seu primeiro livro “Você Me Conhece?” e dois anos depois o livro “E Viveram Felizes Para Sempre”, ambos com um enfoque em relacionamentos humanos e psicologia.

Três anos após a especialização em Neuropsicologia, Lucia lançou os três primeiros livros: “Por Todo Infinito”, “Só por Cima do Meu Cadáver” e “Uma Dose Fatal”, da coleção DeZequilíbrios. Composta por dez livros independentes entre si, a coleção explora a mente humana e os relacionamentos pessoais. Cada volume conta um drama diferente, envolvendo um distúrbio psiquiátrico, tendo como elo o entrelaçamento da vida da personagem principal.

Em 2018, a psicóloga lançou mais três livros: “A Mulher do Vestido Azul”, “Não Me Toque” e “Um Copo de Veneno”, totalizando seis livros da coleção. Em 2020, Lucia, lança o livro "A Outra"


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sábado, 22 de agosto de 2020

Banho Solidário chega à Avenida Paulista com serviços de higiene para pessoas em situação de rua e pets




Durante o inverno, a ONG Banho Solidário Sampa promove ações sociais voltadas aos moradores de rua. O trabalho voluntário consiste em proporcionar banho quente, cuidados com a higiene e a doação de roupas limpas. Dessa vez, a ONG, em parceria com a instituição Moradores de Rua e Seus Cães, oferecerá banho e ração para os pets dos moradores. A próxima ação ocorrerá em 23/08 na Avenida Paulista, no vão do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Em geral, a ação ocorre ao longo de duas a três horas e atende cerca de 40 pessoas em situação de vulnerabilidade social. Além do banho, são oferecidas toalhas de banho, roupas limpas e bem conservadas, barbeador descartável, espuma de barbear, absorventes, roupas íntimas novas, desodorantes, escovas e pasta de dentes, além de álcool em gel, entre outros itens.

Para a execução do projeto social, o Banho Solidário desenvolveu e fabricou um trailer especialmente projetado para ser autossustentável e ecologicamente correto, com água limpa para os banhos. Após a atividade, o trailer retorna para a base operacional, onde a água pós banho é descartada na rede de esgoto da Sabesp, sendo totalmente higienizado com água, detergente e desinfetantes. Os boxes foram revestidos com polipropileno, que permite a fácil higienização e impede o acúmulo de água suja em cantos e frestas. Assim, toda a infraestrutura elétrica e hidráulica foi pensada para um banho confortável, quentinho e ecologicamente correto.

A ação do Banho Solidário é mantida a partir de campanhas de doação, seja a partir de doadores individuais ou empresas. Como exemplo, a Lorenzetti, empresa líder em duchas, chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de água a gás, em parceria com a ONG, fez a doação de chuveiros elétricos, torneiras, entre outros produtos. O Instituto Ana Hickmann doou produtos de higiene e oferece a mão de obra para cortes de cabelo. A ação necessita de apoio para oferecer vestuário, roupas íntimas novas e álcool em gel.

As contribuições individuais vão desde itens de higiene até a ação “Adote um Banho”, que permite a doação em dinheiro. Como exemplo, doações de R$40 garantem o banho de, pelo menos, quatro pessoas. Para saber mais, acesse: https://linktr.ee/banhosolidariosampa


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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Consumo em restaurantes de bairros residenciais cresce na maioria das capitais brasileiras


Em contrapartida, o movimento das operações em regiões comerciais caiu. Os dados são de um estudo feito pela Sodexo Benefícios e Incentivos



Refeições presenciais em restaurantes ficaram restritas durante muito tempo, em razão das medidas de isolamento social, impostas pelo coronavírus. Com a atual retomada do funcionamento em algumas regiões do país, nota-se uma mudança no comportamento dos clientes: os restaurantes localizados próximos às áreas residenciais têm registrado aumento no movimento, enquanto os que ficam em áreas comerciais sinalizam redução do consumo. A tendência foi apontada por um levantamento realizado pela Sodexo Benefícios e Incentivos, que administra vales-refeições em todo país.

O comportamento foi identificado na maioria das capitais brasileiras: Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio Branco (AC), Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Vitória (ES), Goiânia (GO), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Recife (PE), Teresina (PI), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Natal (RN), Porto Velho (RO), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e Aracaju (SE). A alta adesão pelas empresas ao regime de trabalho em home office explica essa mudança.

Em Brasília, por exemplo, houve, em média, uma alta de 43,33% no consumo entre os principais restaurantes de bairros residenciais. A queda no movimento de restaurantes localizados em áreas comerciais foi de 52,57%. Regiões administrativas como Samambaia, Águas Claras, Gama, Sobradinho e Guará tiveram aumento no faturamento dos restaurantes. Já em regiões como Asa Sul, Asa Norte e Taguatinga houve queda na média geral de consumo dos restaurantes.

No sul do país, em Curitiba esse movimento se repete, a queda nos restaurantes em regiões comerciais foi de 61%, em média. Já os restaurantes de bairro apontaram alta de 22%, em média, no consumo. Na região norte, em Manaus as operações em regiões de comércio caíram 53,4%, em média. Restaurantes mais próximos de residências registraram aumento de 57,8% no movimento. Os números também chamam atenção em São Luís, 112% de crescimento no movimento de restaurantes localizados próximos às regiões residências e 49% de queda no consumo dos restaurantes em áreas comerciais.

A especialista em competitividade do Sebrae, Mayra Viana, explica que esse comportamento é devido às inúmeras pessoas que estão trabalhando em casa. “Mesmo com a retomada de alguns negócios, ainda há muitas pessoas realizando trabalho remoto, em um home-office adaptado, conciliando as atividades profissionais com os afazeres no lar. Diante disso, muitas vezes, o delivery ou a retirada de alimentos nas proximidades da residência se torna uma opção viável e atrativa, que contribui com a conveniência nas refeições domésticas”, afirma.

Solução

Segundo a analista, os estabelecimentos comerciais que estão sofrendo com a queda no movimento podem tomar algumas iniciativas para reverter a situação. “É necessário atrair a atenção do cliente, com ofertas diferenciadas combinadas a um serviço de entrega. Ainda que se trate de um bairro comercial, muitas vezes há moradias próximas, e isso abre oportunidade para conquistar um consumidor da região que não necessariamente tinha o hábito de consumir no local”, indica.

A analista de inovação do Sebrae Hulda Giesbrecht alerta sobre a oportunidade de desenvolver a presença digital como estratégia para reverter a queda nas vendas dos restaurantes. “A pandemia expôs a necessidade de qualquer negócio ter presença nas redes sociais. É uma forma de se manter próximo ao consumidor, mesmo com as normas de distanciamento social. Atento a isso, o Sebrae lançou uma jornada de aceleração para aqueles empreendedores que precisam turbinar ou iniciar sua participação no mundo online. O UP Digital é uma imersão de dez dias onde são apresentadas as principais técnicas e ferramentas usadas para desenvolver marketing e vender na internet. São formados grupos com até 15 empresas, para aprender e compartilhar experiências. As turmas possuem mentoria de um consultor e são realizados atendimentos individuais que mostram os recursos das principais redes sociais e plataformas de vendas online”, indica Hulda.

Hulda afirma que o UP Digital foi lançado durante a pandemia, justamente pela necessidade identificada em muitos empresários que nunca venderam online ou ainda não mantém uma frequência nas redes sociais. “O Sebrae percebeu que muitos negócios, mais tradicionais, tais como padarias, confeitarias, restaurantes, oficinas mecânicas, pet shops possuem a dinâmica de receber o cliente apenas presencialmente e por isso ainda não haviam aderido aos serviços online. O UP Digital foi desenvolvido como solução rápida e dinâmica para esses empreendedores. A jornada conta com um diagnóstico personalizado para cada empresa, por meio do qual são direcionadas as estratégias adequadas a cada caso. Já atendemos cerca de mil empresas e o retorno tem sido muito positivo”, explica.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

QUALIDADE DA MERENDA ESCOLAR DEPENDE DAS PREFEITURAS

Luiz Miguel Martins Garcia - Presidente da UNDIME


Em entrevista exclusiva ao Brasil 61, o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Martins Garcia, afirmou que a merenda escolar tem chegado às escolas do país. No entanto, ele ressalta que a complementação para que essa alimentação seja de qualidade ainda depende de ações pontuais das prefeituras, por meio de um trabalho conjunto entre as unidades de ensino com a assistência social dos municípios.

“O Programa Nacional de Alimentação Escolar é universal. Então, uma vez determinado, é necessário que se dê acesso a todos os alunos. A merenda está chegando, os kits estão chegando. Mas, é importante a gente explicar que cada aluno, de primeiro a nono ano, recebe o recurso da ordem de R$ 8 por mês. É um valor muito baixo. Ainda assim os municípios têm feito esforços, tem conseguido avançar e garantir esse kit complementar para alimentação”, garantiu o presidente.

“Nós recebemos hoje, nesse parâmetro que eu te passei, R$ 0,39 por refeição. Nós consideramos que, dificilmente é possível fazer uma alimentação de qualidade tal qual é oferecida por menos de R$ 1,80, R$ 2,00”, complementou.

Luiz Miguel Martins também comentou sobre a Proposta de Emenda à Constituição 26/2020, que torna permanente o Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A proposta já foi aprovada na Câmara e, atualmente, é analisada pelos senadores. Para o presidente, da maneira que foi aprovada pelos deputados, a PEC pode não beneficiar de maneira eficiente todos os municípios brasileiros.

“Para que ele pudesse ser, de fato, redistribuído a todos os municípios carentes, teria que ser a proposta original, que foi apresentada com 40% de complementação da União. Com 20% não há essa cobertura. Mas, ainda assim, os avanços são grandes. Principalmente avanços no sentido de atender a Educação Infantil, o que ajudará muito nessa fase que ainda estamos longe de atingir as metas nacionais de matrículas”, avaliou.

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Outro ponto abordado durante a entrevista foi o retorno das aulas presenciais nas escolas do País. Sobre esta questão, o presidente da Undime afirmou que os municípios já estão organizando projetos que permitam o retorno às aulas dentro do próprio ambiente escolar, mas tomando todas as precauções para evitar que esse regresso possa pôr em risco a saúde de alunos, professores e funcionários das escolas.

“Esses protocolos são complexos, porque dependem de informações da saúde, depende de uma articulação com outros setores, como assistencial social, como setor financeiro das prefeituras para que consigamos garantir a oferta de uma recepção com segurança”, pontuou.

“Pensar e organizar os protocolos não quer dizer que efetivamente iremos voltar sem ter essa garantia de que não há um risco maior do que aquele que a criança possa estar sujeita no seu dia a dia, em casa ou algo dessa natureza. Os municípios e os estados estão empenhados. Estamos trabalhando, na medida do possível, conjuntamente”, concluiu Martins.

Ainda a respeito desse ponto, o presidente afirmou que existe um comitê operativo e emergencial do Ministério da Saúde que trata das questões desse momento de crise. Segundo ele, a Undime tem cobrado da Pasta um programa e o financiamento de ações que permitam o retorno às aulas presenciais com segurança. “Gostaríamos que o diálogo tivesse mais adiantado, mas com toda essa questão de troca ministerial, isso ficou travado. A expectativa é de que isso possa avançar agora”, projetou Luiz Miguel Martins


Fonte: Brasil 61