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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Terapias integrativas promovem redução de sintomas e ampliação do bem-estar do paciente




Aliadas ao tratamento convencional, práticas como musicoterapia e acupuntura são utilizadas pela Rede São Camilo SP como suporte à saúde física, mental e emocional



Pensar na saúde de forma integrada é a premissa de um conceito que valoriza a qualidade de vida do paciente. Conforme a coordenadora do projeto de medicina integrada da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra. Daniela Lima, a proposta parte da construção de uma relação mais ampla entre o paciente, médicos e equipe assistencial, com o objetivo de aliar terapias complementares ao tratamento da doença, visando cuidar do bem-estar físico, mental e emocional.

“As práticas integrativas e complementares, quando aliadas ao tratamento convencional, podem potencializar o tratamento e ajudar a aliviar os sintomas e desconfortos causados por algumas doenças”, destaca a médica.


Segundo ela, em outros países, como os Estados Unidos, há serviços estabelecidos de Saúde Integrativa em diversos Centros Hospitalares, porém, no Brasil, poucos centros hospitalares incluem as práticas como forma de cuidado ao paciente.

“Pensando nisso, o São Camilo está estabelecendo um Núcleo de Saúde Integrativa, como forma de humanizar o cuidado ao paciente e levar mais atenção, cuidado, individualização e outros arsenais terapêuticos, além do medicamentoso.”

Acupuntura e musicoterapia estão entre as atividades que fazem parte do programa na instituição, contando com especialistas em todas as unidades.



Musicoterapia

De acordo com a musicoterapeuta da Rede São Camilo SP Perola Carvalho Pereira, a prática pode contribuir para estimulação cognitiva, neurológica, da linguagem e da comunicação, bem como promover o acolhimento e elaboração de traumas, de adoecimento e luto, manejo de dores crônicas, ansiedade e depressão.

“A musicoterapia é uma profissão que se utiliza das propriedades de evocação e terapêuticas da música num processo estruturado para cuidar do ser no seu todo”, diz a especialista.

A terapeuta explica que as indicações para a atividade são bastante amplas. “É especialmente indicada para pessoas com dificuldades na comunicação, seja por algum impedimento físico, por adoecimento ou neurodiversidade, ou por questões psicológicas que dificultem as intervenções verbais.”

Para a paciente Geise, 51 anos, em tratamento de uma doença degenerativa que causa fortes dores no corpo, a experiência foi “intensa e inesquecível”. “A primeira sessão me fez chorar. Senti um bem-estar como há muito tempo não sentia, uma sensação incrível de conforto e acolhimento”, detalha.

A coordenadora do Núcleo de Saúde Integrativa ressalta que as terapias atuam como um suporte importante aos tratamentos, sempre baseados em evidências em relação à segurança e eficácia. A acupuntura, por exemplo, trabalha com as emoções, reduzindo medo, raiva e preocupações.



Acupuntura

Dr. Levi Jales Neto, reumatologista e acupunturista da Rede de Hospitais São Camilo SP, que atua no tratamento das dores osteomusculares e sintomas dos pacientes oncológicos. “Existem diversos estudos científicos que demonstraram a eficácia da acupuntura na redução das náuseas e vômitos após quimioterapia, podendo ser usada para completar a terapia antiemética padrão”, explica.

O médico frisa que a acupuntura age também no controle da dor por estímulo neural periférico e neuromodulação através do estímulo da agulha. “Na oncologia, observamos a necessidade crescente de complementar aos tratamentos do câncer um outro mais humano, que vise reduzir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas”, esclarece.

Dra. Daniela ressalta que a Rede conta com equipes multidisciplinares preparadas em suas unidades e pode beneficiar pacientes de todas as idades. “A musicoterapia está disponível para toda a rede de pacientes hospitalares internados, e temos também o ambulatório de acupuntura, onde o paciente pode marcar sua consulta”, finaliza. O projeto, em fase de ampliação, também prevê a implementação de atividades de meditação e Reiki.

Para agendamentos, acesse www.hospitalsaocamilosp.org.br ou ligue (11) 3172-6800.


Sobre a Rede de Hospitais São Camilo SP

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 6 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 2 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

Siga o Hospital São Camilo nas redes sociais: @hospitalsaocamilosp


sábado, 4 de dezembro de 2021

Inca estima 14,6 mil novos casos de linfoma no Brasil em 2021

Especialista da Rede São Camilo SP explica sintomas, diagnóstico e formas de tratamento da doença, que causou 5 mil óbitos de brasileiros somente em 2019



O termo linfoma é usado para designar vários tipos de câncer que se originam nos linfócitos, células que desempenham papel crucial no funcionamento do organismo. Ele se dissemina através do sistema linfático e da via sanguínea.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença foi responsável por mais de 5 mil óbitos no Brasil somente em 2019. A estimativa é de que, neste ano, sejam registrados mais de 14,6 mil novos casos.

Dr. Marcelo Bellesso, hematologista coordenador da área de linfomas da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, destaca que os linfomas podem acometer qualquer parte do corpo e têm no seu diagnóstico o desafio inicial.

Cada tipo de linfoma se comporta de maneira completamente distinta, podendo fazer parte ainda de dois subgrupos: Linfoma de Hodgkin (LH) e Linfoma não Hodgkin (LNH). “Por isso, é tão importante falarmos mais a respeito, pois tanto a identificação dos sintomas como a detecção e o tratamento são bastante distintos entre si”, explica.

As diferenças estão presentes através do padrão de crescimento celular, do tipo de célula envolvida e de como a doença se manifesta. Portanto, o médico patologista, em conjunto com o hematologista, são os responsáveis por concluir o diagnóstico baseado na avaliação do paciente, combinada com a biópsia e sua complementação chamada imuno-histoquímica.

Os Linfomas de Hodgkin apresentam maior incidência entre 20 e 30 anos e após os 50 anos. Embora existam exceções, geralmente notamos aumento das ínguas (caroços) superficiais no pescoço, axilas e virilha. Por vezes, essas ínguas podem crescer dentro do tórax (mediastino), abdome ou pelve, sendo diagnosticados através de exames de imagem como o PET-CT e a Tomografia Computadorizada. As ínguas superficiais são comumente indolores.


Em relação aos Linfomas não Hodgkin, há dezenas de diversos subtipos. Eles podem se desenvolver de maneira extremamente agressiva ou de forma lenta, chamados indolentes. Além disso, podem estar presentes tanto nas ínguas (linfonodos) como em qualquer tecido do nosso organismo.

Entre os sintomas que podem ajudar a identificar o problema, Dr. Marcelo destaca a febre no final da tarde, suores noturnos excessivos, coceiras na pele, cansaço e perda de peso sem motivo aparente. Vale lembrar que estes sinais são comuns a diversas outras enfermidades, portanto, é fundamental procurar um médico para investigar a causa.

O hematologista ressalta que o diagnóstico é realizado por meio de biópsia, ou seja, análise de um tecido retirado cirurgicamente ou pela remoção de uma parte da região afetada por uma agulha grossa. Este material retirado será avaliado no laboratório pelo médico patologista determinando, então, o tipo e subtipo do linfoma e direcionando o melhor tratamento a ser realizado.

Ele reforça, ainda, que se detectado em estágio inicial, melhoram as perspectivas de resposta ao tratamento e, em muitos casos, aumentam a possibilidade de cura.

“Quando falamos sobre o tratamento, temos um arsenal de possibilidades, de acordo com o tipo de linfoma, condições do paciente, exposição a tratamento prévio, entre outros. Podemos utilizar quimioterapia, imunoterapia, inibidores de pequenas moléculas, transplante de medula óssea ou, em certos casos de linfomas indolentes, apenas a observação e seguimento clínico”, reitera Dr. Marcelo.

Por isso, finaliza o especialista, é muito importante uma excelente relação entre médico e paciente, para que todas essas dúvidas sejam muito bem esclarecidas.

Sobre a Rede de Hospitais São Camilo

Especializada na assistência em saúde baseada em valor, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo conta com 6 unidades, que prestam atendimentos em mais de 60 especialidades, cirurgias de alta complexidade e transplantes de medula óssea. São 3 unidades de hospital geral, 1 especializada em oncologia e 2 em reabilitação e cuidados paliativos. A Rede conta também com um Núcleo de Pesquisa Clínica que é referência no país, sendo considerado Top Recruitment - o maior recrutador de pacientes com mais de 40 estudos patrocinados na área de Oncologia.

Os hospitais privados da Rede subsidiam as atividades de cerca de 40 unidades administradas pela Sociedade Beneficente São Camilo e que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) em 15 Estados brasileiros.

No Brasil desde 1922, a Sociedade Beneficente São Camilo, que pertence à Ordem dos Ministros dos Enfermos, foi fundada por Camilo de Lellis e conta, ainda, com 25 centros de educação, dois colégios e dois centros universitários.

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Governo Federal entrega 228 moradias para famílias de baixa renda em SP


O Governo Federal entregou nesta segunda-feira, 29 de novembro, 228 moradias a famílias de baixa renda da cidade de São Paulo.

Alfredo dos Santos, secretário nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, o MDR, participou da cerimônia da repasse das chaves do Residencial Tupã. Ele destacou a importância do programa Casa Verde e Amarela para garantir moradia digna à população brasileira.

“É um programa completo, abrangente e em especial focado nas parcerias com os governos locais”

O Residencial Tupã, que integra o Programa Casa Verde e Amarela, recebeu quase R$ 27 milhões de investimentos e vai beneficiar aproximadamente mil pessoas.

O empreendimento é composto por apartamentos distribuídos em três blocos de 13 andares, sendo seis unidades por andar. Além disso, conta com tem três salões de festas, playground, paisagismo, área de descanso e jogos, além de uma quadra poliesportiva e guarita.

A dona de casa Eledilce da Silva Andrade, de 36 anos, é uma das beneficiárias. Ela comemorou ter, agora, um lugar seguro para criar os cinco filhos.

“Eu tenho cinco filhos e estou muito feliz de vir pra cá com eles, em um lugar mais seguro. Nós morávamos em comunidade, é muito perigoso. Aqui vai ser melhor para criar eles, mais seguro"

Para saber mais sobre o Programa Casa Verde e Amarela e outras ações de habitação do Governo Federal, acesse mdr.gov.br.


quinta-feira, 12 de agosto de 2021

O futuro da Odontologia


Especialistas analisam mercado de trabalho para cirurgiões-dentistas

Falar sobre mercado de trabalho é sempre complexo porque cada área tem suas especificidades e, mesmo dentro de uma formação, as atuações costumam ser inúmeras. Isso não é diferente na Odontologia.

A cirurgiã-dentista, professora e membro da Comissão de Teleodontologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Ana Estela Haddad, cita uma preocupação que tem influenciado o mercado de trabalho odontológico. “Uma questão que preocupa bastante é o crescimento da graduação em Odontologia no Brasil. Em 2016, tínhamos 269 cursos. Já entre 2017 e 2020, foram autorizados 345 novos cursos de graduação em Odontologia pelo Ministério da Educação”, conta. 

Ela cita dados de um estudo que realizou com outros pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual de Londrina (UEL) com a Associação Brasileira de Ensino Odontológico (ABENO). A análise tem total razão, pois o Brasil é o país com mais cirurgiões-dentistas do mundo! Cerca de 20% dos profissionais ao redor do globo estão em solo verde e amarelo e São Paulo é o estado com a maioria deles (mais de 100 mil), quase um terço do total dos cirurgiões-dentistas brasileiros. Por isso, mesmo com o ensino superior, os desafios para entrar nesse mercado não são poucos. 

Para Ricardo Henrique Alves da Silva, professor Doutor da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP-USP), o carro-chefe da Odontologia é o mercado clínico. “O consultório odontológico, a clínica e os demais empreendimentos de atenção e assistência à saúde ainda são os principais espaços de atuação”, afirma o cirurgião-dentista que também ministra conteúdos de orientação profissional. 

Com a graduação concluída e o registro pronto, os recém-formados podem optar por seguir a carreira clínica, como apontado por Ricardo, em uma das mais diversas especialidades de mercado, como Prótese Dentária, Ortodontia, Implantodontia e muito mais. “Os desafios vão existir, obviamente, em qualquer que seja essa escolha. Hoje, o público consumidor, que são os pacientes, é muito informado e exigente. Fora isso há a concorrência. Então é preciso conciliar esses dois lados. Para isso, é importante entender muito de Odontologia, mas também conhecer de gestão, de organização, de trabalho em equipe e dos princípios éticos que regem a profissão”, completa Ricardo. 

Outra opção é seguir carreira no setor público. “Em 2010, analisamos o perfil sociodemográfico, de formação e de atuação e identificamos que quase um terço dos cirurgiões-dentistas tinham vínculo com o serviço público naquele momento. Isso aconteceu principalmente após a criação de uma política nacional de Saúde Bucal e pela política de educação e trabalho na Saúde, a primeira ação sobre recursos humanos em Saúde na Odontologia. Foi um marco para a criação da Estação FOUSP-ABENO de Recursos Humanos em Saúde, que passou a integrar uma rede de pesquisa e valorização profissional de 22 estações de diversas universidades brasileiras”, explica Ana Estela ao citar a publicação Perfil e Tendências do Dentista no Brasil.

A expectativa é de cada vez mais oportunidades nesse mercado, ainda que ele dependa diretamente de políticas públicas, pois há urgência na demanda da população. Dados de 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que menos da metade dos brasileiros haviam consultado um cirurgião-dentista nos 12 meses anteriores à pesquisa. Isso diz muito sobre a carência de atenção aos cuidados e à higiene bucal, levando essa mesma população a enfrentar graves problemas, como a perda de dentes, por exemplo. Segundo o mesmo levantamento, 34 milhões de pessoas com mais de 18 anos haviam perdido 13 ou mais de dentes, enquanto 14 milhões perderam todos eles. 

Há também o campo acadêmico, que, muitas vezes, pode ser conciliado com outra atuação. “Gosto de contar a história do meu primeiro ano da graduação, naquela época eu queria me especializar em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, mas, no fim, acabei indo para Odontologia Legal. Além disso, sempre quis dar aulas”, recorda Ricardo. “É importante estar aberto para conhecer toda a amplitude da Odontologia. Nossa profissão é uma construção contínua. A preparação está nos bancos acadêmicos, mas ela deve continuar sempre”. 

O futuro da Odontologia

Quem está ingressando na carreira, pode se perguntar sobre o que será o futuro da Odontologia. Essa pergunta, infelizmente, não vem com fórmula mágica ou resposta concreta. Além do mais, a Covid-19 tem provocado fortes reflexos na economia como um todo e o pós-pandemia ainda é desconhecido.  

Por um lado, fragilidades são escancaradas e dificuldades de mercado se tornam maiores. Por outro, há destaque para os serviços que se tornaram mais do que essenciais, como no caso da Odontologia Hospitalar, grande aliada no combate às infecções virais provocadas pela internação de pacientes infectados. “A saúde ganha grande espaço a partir da pandemia e a Odontologia tem aí oportunidades de pensar em novas formas de inserção dos cuidados em saúde bucal, no nível individual e coletivo”, estima Ana Estela. 

Já para Ricardo é possível observar algumas tendências para entender o que pode ser mais promissor no futuro com base em fatores atuais, como o envelhecimento da população e também a alta busca por estética. “O ideal é ter uma visão de médio ou longo prazo e pensar no mercado agora. A Odontologia de 30 ou 40 anos atrás não é a mesma de hoje e não será a mesma daqui 30 ou 40 anos. Esse exercício de futurologia depende de uma análise da evolução social, técnica e científica. Tudo isso vai influenciar a Odontologia e vai refletir pra gente também”, defende.

Sobre o CROSP

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com mais de 145 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária. Mais informações: www.crosp.org.br