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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PROJETO FLORIR NA PRAÇA PEROLA BYINGTON

O projeto tem por objetivo revitalizar e requalificar as praças da Cidade com ações de paisagismo e jardinagem

Fotos de Fábio Arantes/Secom


Localizada no coração da Bela Vista, na zona central da Capital, a Praça Pérola Byington recebe, desde o último dia 15, obras de melhorias por meio do Projeto Florir São Paulo. Na manhã desta segunda-feira (27), o prefeito Gilberto Kassab vistoriou o andamento dos trabalhos e ressaltou o papel do programa, que tem como objetivo revitalizar e requalificar as praças da Cidade com ações de paisagismo e jardinagem.
"O Projeto Florir é um dos principais programas que a Cidade tem hoje. Seu objetivo é recuperar as quase 6 mil praças do Município. Uma recuperação no sentido de deixá-las mais adequadas e confortáveis para a
população. E a Praça Pérola Byington é uma das contempladas", observou Kassab.

Com uma área de 1.350 m², a Praça Pérola Byington será totalmente renovada. O espaço receberá as seguintes ações: recuperação de passeios (mosaico português) e muretas; colocação de pedrisco no playground; pintura em geral; e plantio de clorofito, lírio, vedélia e grama esmeralda.

Kassab enfatizou que o paisagismo dos espaços verdes da Capital é realizado pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras. A partir disso, as subprefeituras encaminham projetos para a análise e aprovação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. "Aqui na Subprefeitura da Sé, por exemplo, nas próximas semanas, vamos recuperar 28 praças - entre elas, a Pérola Byington que já está em andamento", afirmou o prefeito. A conclusão das obras nesta praça está prevista para o dia 25 de janeiro - data do aniversário de São Paulo.

Zeladoria de Praças

O subprefeito da Sé, Nevoral Alves Bucheroni, reiterou que a manutenção da Praça Pérola Byington após sua revitalização será feita por dois agentes formados pelo Programa Zeladoria das Praças. Implantada em 2008, a iniciativa está inserida no Projeto Florir e promove geração de empregos, conservação e melhoria estética das praças da Cidade. "Na Sé já atuam 80 zeladores que trabalham em mais de 50 endereços", contou Bucheroni.

O zelador de praça fica responsável por pequenos reparos, manutenção de pisos, mobiliário, vegetação e limpeza da praça da sua região. O projeto foi estabelecido por meio da parceria entre as Secretarias Municipais do Verde e do Meio Ambiente (SVMA); Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (SEMDET) e Coordenação das Subprefeituras (SMSP). Os zeladores recebem mensalmente o valor de R$ 535,00.
Praça Pérola Byington - SP

Kassab participa da inauguração da São Paulo Escola de Teatro na Praça Roosevelt

Nesta quarta-feira (29) São Paulo ganhou mais uma escola voltada para formação de profissionais das artes cênicas. Com área de cerca de 1,7 mil m2, a sede da São Paulo Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco foi inaugurada pelo governador Alberto Goldman, pelo secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo e pelo prefeito Gilberto Kassab. Localizada em um dos pólos artísticos mais importantes da Capital, a Praça Franklin Roosevelt, a es



cola simboliza também um passo importante para a revitalização do local.

"Esta escola faz parte de um contexto maior que é a recuperação da área central de São Paulo e também da Praça Roosevelt. As obras da praça já foram iniciadas e o próximo passo é recuperar os equipamentos do entorno e atrair o maior número de atividades", disse Kassab.

Ao todo a São Paulo Escola de Teatro - Centro de Formação das Artes do Palco oferece 980 vagas por ano. São 200 para os cursos regulares de artes cênicas e 780 para os 26 cursos de Difusão Cultural que permitem o intercâmbio de conhecimento entre os profissionais de São Paulo, interior do estado e estrangeiros. Os cursos regulares são de iluminação, técnicas de palco, cenografia, figurino, atuação, direção, dramaturgia, humor e sonoplastia. As atividades do ano letivo de 2011 estão previstas para 22 de fevereiro.

A nova sede está situada ao lado do espaço de apresentação do grupo teatral Os Satyros. O imóvel, que anteriormente estava abandonado, foi totalmente reformado e adequou os espaços com a demolição de lajes para atender as necessidades dos cursos de cenografia. Em 2010, primeiro ano letivo da São Paulo Escola de Teatro, as aulas aconteceram nas dependências da Oficina Cultural Amácio Mazzaropi, no bairro do Brás.

No subsolo foi criado um depósito para os materiais cenográficos, área de serviço, sanitários e zeladoria. No térreo o público tem acesso ao teatro com capacidade para 96 pessoas e no piso superior a um café, com recepção e área de convivência. Nos pisos superiores ficam salas de aula, auditório, espaço de exposições, biblioteca, camarins, ateliês, vestiários e áreas para ensaio.

Durante a cerimônia, Goldman e o secretário de estado de Cultura ressaltaram a importância da escola para a revitalização da Praça Roosevelt. "Nesta escola juntamos cultura e revitalização de uma área. É assim também quem tem sido feito em outros países. Esta região é importante para a cidade como um todo e por isso é essencial que a gente afaste a deterioração, tornando-a adequada para morar e para o entretenimento", afirmou Goldman.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Projeto Florir revitaliza a praça Pérola Byington, com paisagismo e jardinagem

Localizada no coração da Bela Vista, zona central da Capital, a praça Pérola Byington recebe, desde o último dia 15, obras de melhoria por meio do Projeto Florir São Paulo. Na manhã de ontem, o prefeito de São Paulo vistoriou o andamento dos trabalhos e ressaltou o papel do programa, que tem como objetivo revitalizar e requalificar as praças da Cidade com ações de paisagismo e jardinagem.

"O Projeto Florir é um dos principais programas que a Cidade tem hoje. Seu objetivo é recuperar as quase 6 mil praças do Município. Uma recuperação no sentido de deixá-las mais adequadas e confortáveis para a população. E a Praça Pérola Byington é uma das contempladas", observou o prefeito.

Com uma área de 1.350 m², a praça Pérola Byington será totalmente renovada. O espaço receberá as seguintes ações: recuperação de passeios (mosaico português) e muretas; colocação de pedrisco no playground; pintura em geral; e plantio de clorofito, lírio, vedélia e grama esmeralda.

O prefeito enfatizou que o paisagismo dos espaços verdes da Capital é realizado pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras. A partir disso, as subprefeituras encaminham projetos para a análise e aprovação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. "Aqui na Subprefeitura da Sé, por exemplo, nas próximas semanas, vamos recuperar 28 praças - entre elas, a Pérola Byington, que já está em andamento" -, explicou o prefeito. A conclusão das obras nessa praça está prevista para o dia 25 de janeiro, data do aniversário de São Paulo.

Zeladoria de Praças
O subprefeito da Sé reiterou que a manutenção da praça Pérola Byington, após sua revitalização, será feita por dois agentes formados pelo Programa Zeladoria das Praças. Adotada em 2008, a iniciativa está inserida no Projeto Florir e promove geração de empregos, conservação e melhoria estética das praças da Cidade. "Na Sé, já atuam 80 zeladores, que trabalham em mais de 50 endereços", contou o subprefeito.
O zelador de praça é responsável por pequenos reparos, manutenção de pisos, mobiliário, vegetação e limpeza da praça de sua região. O projeto foi estabelecido por meio da parceria entre as secretarias municipais do Verde e do Meio Ambiente (SVMA); Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Semdet), e Coordenação das Subprefeituras (SMSP). Os zeladores recebem mensalmente R$ 535,00.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Obras executadas pela Prefeitura recuperam o patrimônio histórico

Os edifícios da região central de São Paulo contam a história de uma pequena vila de jesuítas, fundada em 1554, que se tornou uma das maiores metrópoles do mundo. Para aproximar a população do patrimônio arquitetônico e divulgar sua manutenção, o Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) promoveu entre os dias 8 e 10 de dezembro a Semana de Valorização do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo.

Durante o evento, os paulistanos foram convidados a conhecer as obras de restauração do Theatro Municipal e do Solar da Marquesa de Santos, executadas pela Prefeitura de São Paulo. Uma visita guiada explicou as principais intervenções e apresentou a história desses edifícios.

Inaugurado em 1911, o Theatro Municipal se prepara para seu primeiro centenário. Além do restauro da arquitetura de Ramos de Azevedo, o público será presenteado com a modernização tecnológica do palco, intervenções que incluem a ampliação da capacidade de elevação das varas cênicas, a instalação de nova iluminação cênica e o tratamento acústico do fosso da orquestra.

O Solar da Marquesa de Santos, exemplar de residência urbana do século 18, é a sede do Museu da Cidade de São Paulo e receberá em breve exposições do acervo municipal, como móveis da casa colonial paulista, objetos indígenas e equipamentos fotográficos antigos.

O evento promoveu também encontros na Galeria Olido, em que a administração municipal apresentou e debateu com a população projetos para o Vale do Anhangabaú, as obras da Nova Luz e a instalação de moradias pelo Renova Centro, entre outros temas. Em nove palestras, especialistas falaram sobre a questão dos tombamentos e da requalificação de edifícios degradados.

Fotos:

Theatro Municipal de São Paulo
Foto: http://www.cidadevirtual.pt/cdl/sptmunici.jpg



Ladeira da Memória em São Paulo
Foto: http://commondatastorage.googleapis.com/static.panoramio.com/photos/original/7164990.jpg



Restauração do Theatro Municipal
Foto: http://f.i.uol.com.br/folha/saopaulo/images/10162375.jpeg

Concerto de Natal reúne, na Sala São Paulo, Sinfônica Municipal, Coral Lírico e solistas

Com as obras do Theatro Municipal de São Paulo chegando à sua etapa final, a segunda apresentação do tradicional Concerto de Natal deste ano será no dia 21, às 21h, na Sala São Paulo, com entrada franca. A primeira apresentação ocorreu no dia 19.

O espetáculo reúne dois corpos artísticos do Theatro, a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico, além de solistas.

Com arranjos e regência do maestro Mário Zaccaro, o programa traz, na primeira parte, o Oratório de Natal, op. 12, de Saint-Saëns. Os solistas são Marivone Caetano, Laura Aimbiré, Sílvia Tessuto, Miguel Geraldi e Carlos Eduardo Marcos.

Na segunda parte, será interpretada a suíte Quebra-Nozes, de Tchaikovsky; além das canções O Holy Night, de A. Adam, com solos de Laura Aimbiré; a tradicional Adeste Fidelis; Vocalise, op. 34, nº 14, de Rachmaninoff, com solos de Sandra Félix; Ave Maria, de Giulio Caccini, com solos de Leonardo Pace; Noite Feliz, de Franz Gruber, com solos do cantor infantil Lucas Loureiro; Amazin Grace (hino cristão), com solos de Margarete Loureiro; entre outras composições que festejam a época natalina.

Serviço:

Concerto de Natal. Sala São Paulo - Praça Julio Prestes, 16. Telefone: 3223-3966.
Dia 21, 21h. Grátis
(Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Se ainda houver disponibilidade, os ingressos poderão ser retirados no dia da apresentação, desde as 10h até o início do concerto).

Prefeitura apresenta 2ª fase do Projeto Urbanístico preliminar da Nova Luz

Numa próxima etapa, a população poderá debater o Projeto Urbanístico preliminar em audiência pública marcada para o dia 14 de janeiro de 2011

O secretário de Desenvolvimento Urbano,
Miguel Bucalem, apresentou os principais pontos do projeto

  
O prefeito se encontrou com os jornalistas e falou sobre o projeto preliminar
Foto de Fernando Pereira/Secom


Mais um passo importante em direção à requalificação da Nova Luz foi dado nesta sexta-feira (17). Em encontro com a imprensa, o prefeito Gilberto Kassab e o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), Miguel Bucalem, apresentaram a síntese das intervenções propostas para a requalificação das 45 quadras que compõem a região. As informações foram dadas pelos representantes da Prefeitura e do consórcio formado pelas empresas Concremat Engenharia, Cia City, Aecom e Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Kassab se mostrou otimista e falou do andamento do projeto. "A cidade tem uma expectativa muito grande sobre a requalificação da Nova Luz que é um sonho da cidade de São Paulo. Estamos muito entusiasmados com o andamento dos trabalhos. A apresentação da 2ª fase do projeto preliminar é um passo importante, pois nos aproximamos da etapa final que será a conclusão do projeto e início da licitação", explicou o prefeito.

A maior parte das intervenções tem como objetivo propiciar o aumento do número de moradores na área e potencializar o incremento das atividades econômicas com geração de empregos em especial no setor de tecnologia da rua Santa Ifigênia. Esta área da Nova Luz foi apelidada de Setor Timbiras por sua proximidade com a rua de mesmo nome e prevê a integração da Praça da República com o famoso endereço de comércio eletrônico.
"Uma nova etapa se cumpre. Hoje apresentamos projeto preliminar que prevê a intervenção da área atraindo novos moradores e propiciando o aumento de atividade econômica", explicou o secretário Miguel Bucalem. Segundo a proposta, a Nova Luz deve ser habitada para manter o fluxo de pessoas constante. A região que hoje possui cerca de 11 mil habitantes passará a ter aproximadamente 20 mil moradores acomodados em 11 mil novas unidades habitacionais, sendo 2.260 moradias de interesse social, o que representa aproximadamente 20% das unidades previstas.

O Plano Urbanístico preliminar prevê ainda a recuperação de patrimônios históricos, culturais e artísticos como forma de promover o desenvolvimento social da Nova Luz assim como modificar a imagem negativa atraindo novos frequentadores e empreendedores. Áreas de lazer comunitárias e novas praças e parques também fazem parte do projeto preliminar que privilegia o uso misto dos espaços públicos: comercial, residencial e entretenimento.

O Setor Cultural e de Entretenimento (quadra 19), por exemplo, prevê a criação de um espaço para atividades ao ar livre, a construção de cafés e restaurantes, atração de salas de cinema e a integração das novas opções de cultura com o patrimônio histórico já existente.

Audiência Pública

O Plano Urbanístico preliminar poderá ser debatido por todos os setores da sociedade em audiência pública marcada para o dia 14 de janeiro de 2011. O material para estudo prévio estará disponível a todos no site www.novaluzsp.com.br e no Espaço Projeto Nova Luz situado na rua General Couto de Magalhães, 381.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Conselho do Iphan tomba 11 bens‏

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em sua quarta reunião anual, decidiu pelo tombamento de 11 novos patrimônios brasileiros. São eles: os centros históricos de São Luiz do Paraitinga (SP), Paracatau (MG) e Natal (RN), a Igreja Positivista (RJ), o conjunto paisagístico da cidade de Cáceres (MT), o conjunto arquitetônico e urbanístico da Serra da Piedade (MG), peças do Patrimônio Naval e a Festa de Sant’Anna, em Caicó (RN). Os relatórios defendendo os tombamentos foram apresentados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão vinculado ao Ministério da Cultura.

Agora, que fazem parte do Patrimônio Cultural do país, esses bens ficam protegidos, por lei, contra demolição ou destruição das características que justificaram seu tombamento. A área no entorno também fica sujeita ao controle estatal, com o objetivo de preservar o ambiente e impedir que novos elementos obstruam ou reduzam sua visibilidade.

A 66ª reunião do Conselho ocorreu na quinta (9) e na sexta-feira (10), no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro.

Patrimônio Naval

Pela primeira vez na história do país, embarcações que estão em uso passam a receber a proteção do Iphan. O Conselho Consultivo aprovou o tombamento da Canoa de Tolda Luzitânia, da Sociedade Sócio-Ambiental do Baixo São Francisco, em Sergipe; da Canoa Costeira de nome Dinamar, da Baía de São Marcos, no Maranhão; do Saveiro de Vela de Içar de nome Sombra da Luz, do Recôncavo Baiano, e da Canoa de Pranchão do Rio Grande, de nome Tradição, do Rio Grande do Sul; e do Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul, Santa Catarina, incluindo o seu acervo.

Para o diretor do Departamento de Patrimônio Material (Depam) do Iphan, Dalmo Vieira Filho, esse é o início de um processo que visa preservar e valorizar o patrimônio naval brasileiro, que é um dos mais ricos do mundo em termos de variedade. Segundo ele, as embarcações tradicionais que ainda hoje fazem parte do cenário brasileiro, vieram de todos os continentes e foram adaptadas à realidade e às necessidades locais. O diretor do Centro Cultural da Marinha, almirante Senna Bittencourt, que acompanhou a reunião do Conselho Consultivo, confirma a declaração ao explicar que, aparentemente toscas, essas embarcações são, na realidade, construções sofisticadas e únicas no contexto mundial.

No entanto, apesar de ainda presentes no cenário nacional, as embarcações tradicionais brasileiras fazem parte de um quadro de grande vulnerabilidade guarda os últimos exemplares dessas embarcações. Antigamente, numerosas e corriqueiras, hoje são apenas alguns que, graças à dedicação voluntária de pessoas e organizações, são capazes de registrar os chamados bons tempos da navegação no Brasil. Atualmente, essas embarcações, apesar de frágeis, ainda guardam excpecionalidades tipológicas e construtivas, além de forte significado simbólico e afetivo local; fazem parte das paisagens e são, muitas vezes, ícones importantes da cultura regional.

Centro Histórico de Natal (RN)

Grande parte da história social, econômica, política e urbana de Natal, no Rio Grande do Norte, pode ser contada por seu centro histórico que mescla uma malha urbana colonial com um conjunto arquitetônico de todas as épocas, mas em que o século XX deixou a sua maior marca. Apesar das intervenções contemporâneas incorporadas ao longo dos anos, a área que deu início à cidade ainda conserva conjuntos de edifícios e bairros com suficiente representatividade histórica, justificando o de sua preservação como patrimônio cultural brasileiro.

O tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico da cidade de Natal, engloba a Cidade Alta e parte do Bairro da Ribeira e reforça a importância histórica e paisagística do rio Potengi para a cidade, ressaltando o fato de que ele ainda representa importante papel no transporte de mercadorias e pessoas.

Igreja Positivista (RJ)

A Igreja Positivista, um monumento do Bairro da Glória, no Rio de Janeiro, serviu como sede do apostolado positivista no Brasil. Sua construção teve início em 1890, sendo concluída em 1897. As concepções arquitetônica e ornamentais foram de Miguel Lemos e se consubstanciam em um manifesto da filosofia e da religião positivistas. No friso da fachada lê-se a máxima positivista: “O Amor por princípio, a Ordem por base, o Progresso por fim”.

No seu auge, nos primeiros anos após a proclamação da República brasileira, os cultos positivistas costumavam lotar a igreja, que comporta mais de 200 pessoas. Os integrantes eram também homens influentes do novo regime. Conhecido como Templo da Humanidade, o monumento foi o primeiro edifício construído, no mundo, para difundir a doutrina criada pelo filósofo francês Augusto Comte.

Conjunto Histórico do Município de Paracatu (MG)

O ouro foi uma mola propulsora no processo de penetração e de ocupação do interior do Brasil um século e meio depois do início da colonização lusitana. Entre os fatores que impulsionaram o povoamento do interior da colônia estão a mineração e a pecuária. Em uma terra de proporções gigantescas e de ocupação dispersa, como ocorria no Brasil nos primeiros dois séculos de ocupação, os transportes e as comunicações eram um desafio a vencer.

Nesse sentido, o sítio de Paracatu se destaca em função de sua localização estratégica pois era ponto de convergência dos diversos caminhos que ligavam o litoral, as minas gerais e o os sertões. Era o caminho de ligação entre os primeiros achados de ouro em Minas e, mais tarde, nas terras de Goiás. Paracatu também atuou como pouso de tropeiros buscavam o ouro nas cidades goianas como Vila Boa de Goyaz Luziânia, Pirenópolis, Corumbá, Jaraguá, Pilar de Goiás.

Conjunto Urbanístico e Paisagístico do Município de Cáceres (MT)

Uma grande cidade que nasceu de uma pequena vila, fundada em 1778, em pleno pantanal mato-grossense, faz parte da lista de candidatos a novos patrimônios culturais do Brasil. Assim é Cáceres, no Mato Grosso. Com uma extensão territorial de 24,6 quilômetros quadrados, é um dos maiores municípios brasileiros. Sua área é superior a do Estado de Sergipe e quase cinco vezes maior que a do Distrito Federal. É cortada pelo Rio Paraguai que com seu transbordamento anual forma o pantanal mato-grossense, e faz fronteira com a Bolívia. Por estar em uma área de transição de relevo e vegetação - serras, campos de cerrado e planície pantaneira - sua diversidade de flora e fauna formam paisagens de grande beleza.

Avaliando a necessidade da proteção federal para o município mato-grossense, o Iphan destaca os valores históricos, urbanísticos e paisagísticos de Cáceres. Desde sua fundação, a cidade desempenhou importante papel para a definição e proteção de fronteiras entre terras brasileiras e bolivianas, representando importante documento da história urbana do país.

Centro Histórico de São Luiz do Paraitinga (SP)

O ano de 2010 será um marco na história de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba, em São Paulo. Depois da enchente que assolou a cidade nos primeiros dias do ano, um trabalho intenso e realizado com a total integração da comunidade com os técnicos do Iphan foi a tônica dos meses que se seguiram até hoje. Além de verem, dia a dia, a cidade ser reconstruída, os moradores de São Luiz do Paraitinga aguardam ansiosos a decisão dos conselheiros do Patrimônio Cultural. O dossiê de tombamento de São Luiz do Paraitinga foi entregue pelo Iphan ao Conselho no ano passado, mas precisou ser atualizado após a enchente, que agora é parte da história da cidade. A delimitação da área de tombamento do conjunto urbano abrange mais de 450 imóveis.

O tombamento proposto pelo Iphan abrange também a preservação visual do entorno. Em meio às montanhas da Serra do Mar, a importância do município histórico de pouco mais de 10 mil habitantes é também devido à sua paisagem natural. O entorno compreende o “mar de morros” que envolve a cidade, formando assim uma moldura verde que valoriza o conjunto arquitetônico. A área total de preservação visual ultrapassa 6,5 mi m². Em 2011, o Iphan planeja comprar um imóvel para implantação de uma Casa do Patrimônio no centro histórico de São Luiz do Paraitinga. Será um centro de referência em preservação de todo o Vale do Paraíba, onde haverá um escritório técnico do Iphan. A proposta da Casa do Patrimônio é de aproximação do instituto com a população local. É um espaço para realização de atividades educativas e culturais, como oficinas, seminários, palestras, conversas, orientação técnica, exposições e eventos em geral.

Festa de Sant'Ana em Caicó (RN)

Fé, devoção, tradição e muita alegria. Essas poucas palavras podem expressar os sentimentos que reúnem os devotos da Festa de Sant’Ana do Caicó, no Rio Grande do Norte, que pode se tornar a quarta manifestação cultural a ser inscrita do Livro das Celebrações como Patrimônio Cultural do Brasil. A primeira celebração registrada foi o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém do Pará, em outubro de 2004. A segunda foi a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, em Goiás, em maio de 2010, e a terceira, o Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene Nawe, do Mato Grosso, em novembro deste ano.

A Festa de Sant’Ana ocorre em Caicó há mais de 260 anos e reúne diversos rituais religiosos, profanos e outras manifestações culturais. A Festa está enraizada na história de Caicó, remontando a formação da sociedade brasileira no período da colonização. Ocorre todos os anos, entre a quinta-feira anterior ao dia 26 de julho, dia de Sant'Ana, até o domingo seguinte. Os dias da Festa incorporam outras manifestações culturais, com destaque para a produção das comidas típicas e a confecção do artesanato sertanejo, como os bordados do Seridó que chegaram à região pelas mulheres dos colonizadores portugueses.

Serra da Piedade )MG)

Protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan desde 1956, o monumento natural tem sido ameaçado pela ação de mineradoras que atuam na área. A Serra da Piedade também é tombada em nível estadual e municipal, mas, mesmo assim, é vitima da degradação da paisagem e do desmatamento.

Com extensão de tombamento, o polígono de proteção abrange a antiga área tombada pelo Iphan, os tombamentos estadual e municipal e garante a visibilidade do bem, incluindo sua linha de perfil, os recursos hídricos, a biodiversidade e os aspectos cênicos. A área de entorno inclui as cidades históricas – e também protegidas – Sabará, Caeté e Raposos. O Iphan também irá atuar de forma mais efetiva na fiscalização permanente das mineradoras no local, atuando em parceria com o MP de Minas Gerais.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural

O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da sociedade civil.

Fonte: Ministério da Cultura