A Prefeitura se prepara para a largada dos trabalhos do consórcio vencedor da licitação da Nova Luz, formado pelas empresas Concremat Engenharia, Companhia City, Aecom Technology Corporation e Fundação Getúlio Vargas (FGV), que será responsável pela elaboração do projeto urbanístico para a região. O início dos trabalhos foi definido para a segunda quinzena de junho. O assunto foi um dos temas discutidos na primeira reunião, realizada na última sexta-feira, entre representantes do consórcio e o prefeito de São Paulo, na sede da Prefeitura. Participaram do encontro o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e o secretário municipal de Planejamento.
"Antes de tudo, queria dar boas-vindas aos membros do consórcio vencedor. É o começo de uma relação de apoio para o desenvolvimento de um grande projeto, que não fique na prateleira, mas que seja posto em prática. Vamos fornecer toda a infra-estrutura e retaguarda para que os objetivos sejam alcançados, permitindo que a requalificação urbanística da Nova Luz obedeça às diretrizes determinadas pela Prefeitura e que constam no edital de licitação. Queremos uma total revitalização da área, e essa intervenção é prioritária para a nossa gestão", disse o prefeito.
A próxima etapa é a elaboração de um projeto preliminar, que deverá ser concluído em quatro meses. Por mais dois meses, esse projeto ficará em consulta pública, e então o consórcio terá mais quatro meses para a elaboração do projeto final. Dessa forma, está prevista para abril de 2011 a conclusão dos trabalhos.
"A etapa de consulta pública é de extrema importância. Queremos a participação da sociedade e de entidades interessadas, para que a revitalização da Nova Luz seja boa para a Cidade e tenha um caráter consensual, democrático", afirmou o prefeito.
Reuniões periódicas
Encontros quinzenais serão realizados entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), e as empresas. "Se houver necessidade de aumento dessa freqüência, podemos encurtar o prazo. O importante é o acompanhamento e o cumprimento das quase 50 diretrizes definidas pela Prefeitura para a região", falou o secretário da SMDU.
A Concremat, líder do consórcio, coordenará o trabalho e elaborará o Estudo de Impacto Ambiental, bem como fará a realização dos estudos setoriais, em articulação com as áreas de engenharia e tráfego da Prefeitura. A empresa também será responsável pela gestão administrativa do consórcio e seu representante no relacionamento com o poder público. A Cia. City será responsável, em conjunto com a Aecom, pela elaboração do Projeto Urbanístico Específico e pelo Plano de Urbanização da Zeis, conforme consta no edital, além da elaboração de um plano de comunicação e de fornecer apoio jurídico ao consórcio. À Aecom caberá a coordenação técnica geral do projeto, a coordenação do Projeto Urbano Específico, do Plano de Urbanização da Zeis, em conjunto com Cia. City, e a elaboração do Relatório Final do Projeto Urbanístico da Nova Luz. A FGV será responsável pelos estudos de viabilidade econômica, mercadológica e de situação fundiária.
"O projeto está sendo encarado como um grande desafio por todos nós. Queremos gerar uma grande transformação urbanística, que sirva de exemplo para outras cidades do País", disse Elizeu de Lima, diretor-executivo da Concremat.
A Aecom, empresa americana com experiência na revitalização de cidades como Londres e Manchester, na Inglaterra, também participou de projetos pelo Brasil. "Pouca gente sabe, mas já fizemos trabalhos em Brasília e Salvador, conhecemos as particularidades do País. O que faremos é utilizar todo o nosso conhecimento para ajudar na elaboração de um projeto emblemático", falou Paulo Coelho, diretor-geral da Aecom no Brasil.
A Cia. City, que comemora 100 anos de existência ano que vem, considera a oportunidade única. "A participação de nossa empresa no projeto de reurbanização da Nova Luz é uma oportunidade histórica, pelas particularidades que ele encerra", comentou José Bicudo, diretor-presidente da empresa.
O estudo de viabilidade econômica, de responsabilidade da FGV, terá caráter extremamente criterioso. "Vamos manter o padrão de excelência da instituição na realização desse trabalho. Queremos que o projeto seja auto-sustentável e que ele atraia investidores estrangeiros, já que o Brasil nunca recebeu tantos recursos de fora como agora", declarou Antônio Aidar, diretor de controle da FGV.
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