A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Serviços, está modernizando todo o sistema de iluminação de um dos principais cartões-postais e centros financeiros da cidade de São Paulo, a avenida Paulista. O projeto foi elaborado pelo Departamento de Iluminação Pública (Ilume) e a obra, iniciada no último sábado, dia 1º, está sendo executada pela concessionária AES Eletropaulo, com previsão de término para o aniversário da Capital, em 25 de janeiro. O investimento é de R$ 3,5 milhões e a modernização aumentará o nível de iluminância, com redução no consumo de energia.
O projeto prevê a substituição de todos os 54 postes de concreto de 25 metros de altura, com 16 lâmpadas de vapor de sódio de 400W cada uma, por 39 estruturas de 20 metros de altura equipadas com seis projetores assimétricos e 15 postes de 12 metros de altura com quatro projetores assimétricos. Os postes são formados por quatro tubos de aço carbono com base de dois metros de altura de aço inox. As novas lâmpadas serão de vapor metálico e a potência de cada projetor será de 315W.
Com a diminuição da potência das lâmpadas haverá uma redução mensal de 70% no consumo de energia, uma economia de R$ 157 mil por ano. Outro benefício está no nível de iluminância. Atualmente, cada unidade projeta 12 lux e, com as novas, o nível será de 51 lux, ou seja, um aumento dos níveis de luminosidade de 425%.
Além dos benefícios de economia de energia e aumento de luminosidade, o novo projeto prevê melhoria no índice de reprodução das cores, facilidade na manutenção e segurança, pois com os projetores assimétricos o fluxo luminoso será irradiado desde o leito carroçável até a calçada, suprindo a atual deficiência de iluminação.
A mais paulista das avenidas
Considerada um dos principais centros financeiros da cidade de São Paulo, a avenida Paulista recebe diariamente milhares de pessoas moradores da Capital, de outros Estados e países. Ao longo de seus 2,7 quilômetros de extensão estão instaladas grandes empresas, bancos, consulados, hotéis, hospitais, instituições científicas e culturais.
A Avenida Paulista foi projetada pelo engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima e inaugurada no fim do século 19. O projeto visava à construção de uma extensa via plana arejada e embelezada com um largo canteiro central de jardins, ao estilo das avenidas européias. Em 1909, o local se tornou a primeira via pública asfaltada do Estado de São Paulo.
No início do século 20, os barões do café iniciavam um processo de migração do interior do Estado de São Paulo para a Capital. Na cidade, a recém-chegada elite cafeeira ergueu opulentos palacetes das mais diversas composições arquitetônicas européias. Na época, a avenida Paulista se transformava em um dos grandes empreendimentos residenciais de luxo da Cidade.
Durante anos, a Paulista foi uma região tipicamente residencial. A verticalização das construções, até então proibida, passou a ocorrer por volta da década de 1950, e o início do comércio às margens da Paulista, em 1960. As mansões começavam a ser substituídas pelos prédios residenciais e comerciais.
Foi na década de 70 que a iluminação atual foi instalada. Na época, a tecnologia era a mais avançada para os padrões. Ao longo dos anos foram feitas algumas intervenções, como a troca de lâmpadas de mercúrio por vapor de sódio e a recapagem em alguns postes de concreto.
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